Citações

- William Shakespeare

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Rente ao chão



No principio era tudo sem forma...
E vazio!
Depois foi árvore, fruto, semente,
Uma lascívia demente;
Um ventre arrastado ao chão.

Depois madeira, couro e extinto,
Aquecidos ao fogo.
E o infinito no olhar à noite.

É o que foi pó, fez-se primata.
Talvez uma mentalidade ingrata.

Agora... Só ferro, concreto e vidro.

Do introspecto advento saindo,
Deixado que o ritmo vá possuir...
Tua alma... Minha alma...
Baco, balbúrdia, bares, bacanal...

E fora da jaula, mais um animal
Em um triste fim de semana.

E parado de frete ao rio...
Vê a mudança que as águas sofreram,
Refletir o efeito do tempo em si mesmo.

Era árvore...
Um guerreiro...
Agora é onda.
E rasa...


Desejo ser um poço sem fim.



por Francisco Calado

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Ciclo das Seis existências




Muito mundos!
De lâminas vazias,
De almas, Flores, fantasia.

Muitos... Homens apaixonados,
Apavorados, Despedaçados...
Braços, pernas e tudo mais.

Seguem surgindo,
Ou mesmo, sumindo.
Congruentes, divergentes...

Vários! De etéreas ideias intocadas,
De carne, osso e amadas.
De um tudo que não satisfaz.

É um tudo nada,
Um ser não sendo.
Coragem, e um medo tremendo.

Um portal... Para um lugar melhor...
Ou mesmo, lugar nenhum.

Lauda à lauda, foi se mais um.


  

por Francisco Calado

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Amor de menino



Deixa eu te amar...
Só mais um pouquinho.

Que o tempo é curto,
E sou como menino.

Estou ansioso, feliz,
Quero um doce: carinho!

Quero pular de alegria!
Quero sentar, quero colinho;

Deixa, vai! Só um pouco.
Olhe em meus olhinhos.

Veja o peito que forte bate.
Sinta o meu coraçãozinho.

Veja! Veja! Sou um menino!
Nem pareço perto estar dos trinta.


   
por Francisco Calado

sábado, 15 de novembro de 2014

100 sentidos



Eu não vejo sentido.
Somente a falta deste!
E vejo, que muitos 
não tem sentido.
Não...
Sim... Sentido,
Mas não tem sentido.
Então...
Não tem sentido.
E não tem sentido,
Que não tem sentido.
Sim...
Vejo agora,
Que não tem sentido,
pois sem sentido,
tenho sentido...
que falta sentido.
Vem faltando sentido
ao sentido.

  
por Francisco Calado

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Desejo e Necessidade



Quão cheio de luzes eu era.
Tirado me foi tudo...
Até a ultima quimera,
Levou de mim o mundo.

Como se em terra santa,
No cume de meu sinai...
Tentar-me veio satanás,
E ao inferno a mim lança.

Perco outro ciclo no vão.
Vejo partir Beatriz.
Estrada do não? Não!

Euridice, coube a ti,
O desfecho sem perdão.
Pedra, tropeçar, cair.


 
por Francisco Calado

domingo, 9 de novembro de 2014

Queda na falésia do contato




Decrepitamento acometido
Por uma erosão geo-epidérmica,
Que purula vulcanicamente
Por estas tubulações sanguíneas.

Vi, vivo e vestindo a tudo isto,
Mais uma quimera sintética
Que mata e sufoca minha mente,
Que é apenas um número da lista.

E pelos cabos óticos eu vou!
Sem a celulose pálida gentil.
Perco-me em vocais pregas à falar.

E pedra à pedra à me despedaçar...
Outra queda de um propósito anil.
Ignorante fico, sábio vou.



  
por Francisco Calado

sábado, 25 de outubro de 2014

Mergulho do lunático


 
Oh! Luzes... Ora! Se apaguem.
Bela d'alva no céu reluz.
Precipito-me de minha cruz,
Que de, um arranhão, se ergue.

Estou à beira da maldade
Sob o luminar escuro.
Pois, foi-se  brilho divino...
Vejo as casas brilharem!

Precipita-te, coração!
Não exite aqui, o teu exultar.
Este nobre e vil estímulo.

Contempla a manifestação
Do gélido e sombrio lumiar..
Adentre a noite sozinho.



 
 
por Francisco Calado


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Erosão



Assim, como pedra que areia vira e perde seu corpo,
Pouco a pouco, gradativamente, a cada pedaço...
Me desfaço, um corpo ressecado no deserto.
De certo, o fim me aguarda ansiosamente,
e de forma ardente, assim me chama.
Como chama que deseja queimar
Tudo que há em seu caminho.
Sozinho, assim me vejo,
A este cortejo seguir.
Ao fim, assim sigo,
Perdido e meio,
Meio do Eu.
E já é hora
de Partir.
...



   
por Francisco Calado

sábado, 18 de outubro de 2014

Resquícios dos Eu´s



Estou vazio... e cheio!
Cheio, de tudo ao redor.
Sem pena... sem ter dó.
Aparto-me do meio,

Misturo-me com o pó!
E na medida em cheio,
Sou um ser imperfeito!
Tão amado e tão só.

E os alemães amigos
Meus, assim concordam,
Em amar, não amar, em si...

Contradição sem fim.
A mente ou o coração?
Me sinto perdido.



  
por Francisco Calado

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

No dia que eu sumir


Ah! No dia que eu sumir...
Será,  que de mim lembrarão?
Será que estranharão...
A ausência de minha silhueta?
Sim! No dia que eu sumir,
Vós ruas tão cotidianas
Sentirão a falta destes pés?
Ou o acento do ônibus...
Perguntará sobre o peso
Deste corpo, tão cansado?
Serei uma ausência lembrada?
Ou o vácuo do que foi um dia vida?
Odiada, querida e já nem importa.
Pois, a funebre dama, agora me conforta.
E vós, pessoas,
Amadas e distraídas,
Sofrendo as leis do tempo.
Tão imortais...
Imorais...
Para mim não tereis tempo,
De um breve pensar?
Ah! No dia que eu sumir...
Haverá luto,
No dia em que eu partir?
Oh! Meus amigos e amados inimigos.
Deixai um funebre bilhete,
No que um dia foi a parede,
Do quarto onde habitei.
   
   
por Francisco Calado

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Presente ausente


Memória da memória do que fui,
Sou uma sombra, luz a se dissipar
No vácuo invisível deste sofrer.

O que antes tão presente, agora rui,
Desgraçadissimo, à lamentar
O advento em questão: desaparecer...

E procuro o escape do que já fui.
Desta sombra querida, aqui, a chorar...
Lâminas de sal fazem-me sofrer.

Queria eu, ter de verne o tempo que flui
Para buscar aquela que quero amar.
Agora submerso,  só me esconder.

 
por Francisco Calado

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

CIUMES



Estes não me faltam,
Mais que as asas da noite
Que inúmeras e incompletas,
Alçar voo, Posso com estas.

De vergonha não me encho.
Ao contrário, só sofro,
Diferente dos mancos:
Tropeçar, escarnecer.

E encontro motivos mil,
Porém os meus, sempre tão vazios,
Náufragos da querida...
Perdidos, sempre à vagar.

E sofro, morro, choro.
Sem entendimento algum
Em um distante por vir.
Afogo-me em lágrimas.

E se choro... Querida!
Sódio que verti um dia,
Pela praga de outrora...
Hoje deixo aos teus pés.

Meu orgulho, tão ferido...
Meu coração partido...
Minha paz, esquecida...
Meu que é teu, perdi a linha.




by Calado

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Suicídio de um morto


Sirvam-me o veneno,
Chegada é a hora.
Cansado estou de funerais,
Outra vez, outra a mais,
Tantas vezes morri...
E permanece o cadáver,
Anda, come, fala,
Porém a vida, jaz na terra,
Das desventuras sofridas.
Tragam-me a taça.
Depressa!
Não há mais tempo
Para outra morte aparente.
Preciso que caixão
Me ampare deste frio,
Que sol nenhum esquenta.
De uma salvação noturna,
E... quando o sepulcro abrirem...
Verão pouca coisa,
Sobretudo...
Um ser sem coração,
E um cálice de veneno.
E que ao pé da tumba,
Uma mandrágora aflore,
Com os gritos das vidas,
Que em mim,
Pude ver morrendo.

   

by Calado

sábado, 16 de agosto de 2014

Memória borrada

      
Passara o tempo, 

Que frequentemente,  

Meu nome,

De forma ardente,

Em tua boa

Habitou.

         ●●●

Sim! Passara...

Para o presente

Futuro que dispara,

E engatilha,

A cruel munição, 

Bala de esquecimento. 

         ●●●

E agora, que mais nada,

Meu nome...

Lembrança borrada,

O que um dia era água, 

Ou o ar tão precioso, 

Da sarjeta vai ao esgoto.


    
by Calado

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Doença nebulosa

            
Agora, que grafite,
Este frio céu insiste
Na dissecação hábil,
De pobre psiquê frágil.

Oriunda de uma noite,
Onde a vigília foi o açoite
Do morcego presente no Eu,
Perco o foco: o meu e o teu.

Não desejo a redondilha.
Não desejo mais o verso.
Me abstenho do rimar!

by Calado


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Na estrada de ferro

Trago tristezas trovejantes...
Nesta férrea caminhada.
Trago... trago...
E a cada ponto,
Uma amada, uma lágrima.
Trago malas,
Roupas e...
Pouca rima.
E a forma está restrita,
à deformidade do trilhos.
Cana, milho, trigo,
Quiuí...
Coisas que não vejo.
Meus aposentos,
Sou eu mesmo,
Na introspecta obscuridade,
Trago tristes trovões,
Também trago paixões.
E cheio,
dos ares desta viagem...
Anseio dormir!
Trilhos, tristes, trovões,
Quiuí!
Ah! Esse apito...

   
   

by Calado

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Como as dunas

Desmoronar milimetricamente
Na simbióse schopenhauriana.
A lamentar, como Ariana...
O eu, como, uma duna inconsistente.

Grão à grão, vou eu desaparecer.
Lágrima que cai pela noite...
É da pele o triste açoite,
Que, inexiste, ao amanhecer.

Amo, medo, vivo, morro...
No diário d'amar,
Preso estou!

Perco o ar...
Morro...
Sou...


 
by Calado

sábado, 10 de maio de 2014

Sem sorrisos


Vejo-a sorrir,
Como nunca.
Nunca sorriu;
Jamais vi!
Me oculta,
Não sorri
Junto a mim.

by Calado

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Mal vício


Mal dormia a noite em seu leito obscuro,
Ao passo, que rasgada era a pele sua.
Uniformemente era perfurada...
Roncava, em alegre sonho inocente,
Ignorando o próprio sangue no punhal;
Cravado, na madrugada traiçoeira,
Irmã da sepultura e violência...
Onde morrera, sem saber, seu coração.

 

by Calado

À dois

  
Nova casa, fiz morada.
Mui linda, até bagunçada.

Pelo que agora és.
Usarei a estes pés.

Para ver a Ti,
E perder a mim.

E mesmo que desajeitado,
Não veja de malgrado.

Dizia: "todos por um!".
À dois... em um.

  

by Calado

terça-feira, 22 de abril de 2014

Terra dos não mais

Bem vindos!
Esta é terra dos "Não mais!"
Não mais amigos perdidos aqui,
Não mais... não mais.
Não mais estas dores de um infeliz,
Não mais... não mais.
Neste espaço,
Onde entre rugas e dores,
Em tudo aqui me desfaço,
Estou no fim..!
Do embaraço,
Em uma terra onde os "nãos mais"
São imperadores!
Senhores e Senhoras,
Tenham os bilhetes em vossas mãos,
Pois...
Chegada é a partida!
Sai o ultimo vagão desta vida,
Fatia à fatia,
A me despedir,
Deste infimo existir.

 

by Calado

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Por trás das lentes

Estas lentes que já não brilham mais,
Veem tudo! E olhos piscam por trás,
No repúdio eterno ao ser finito.

À gemer em um parto,  que voraz,
Devora o ser que perde a paz...
Na concepção absurda deste filho.

E já arranhadas, não prestam mais?
Como? Pois viu o que a misera vos traz.
Alma tingida - sangue vertido.

Que por excelência... não é vosso!
Vossos, apenas são os destroços,
E a miopia, que à minha vista traz.


 
by Calado

quinta-feira, 27 de março de 2014

À modular

Estive sorrindo!
Porém, vejo-me partindo.
Indo... indo .. indo...
Quebrando, sumindo.

Perco os sentidos,
Não há dias perdidos?
Querer estar contigo...
Minh'alma tem sofrido.

Queria-te sorrindo,
E vindo... vindo...
Encontrar meu sorriso.

Mas choro!
Mas choras.
E nada mais rima.

 

 
by Calado

sexta-feira, 14 de março de 2014

Lágrima, círculo e ponto.

São sem forma,
E então nascem.
Não param por hora
Vejo-os vibrarem,
Pularem,
Aumentarem.
Vejo-os felizes,
Vejo-os caírem!
E então, ficarem tristes.
Mais tarde...
Já não pulam,
Não mudam,
Apenas simulam...
Um pouco do prazer passado.
Do leite...
Outrora ofertado.


by Calado

sexta-feira, 7 de março de 2014

Em meio aos lençóis

Traz-me a cama a dor noturna,
Em uma quimera de melodrama.
Mate-me a alma, perturba a chama,
Que no peito reside reclusa.

Sofro de Ti perda absurda!
Tão somente vendo da varanda
Do meu ser, que sucumbe ao drama,
Da inexplicável partida tua.

Choro a falta dos ósculos meus,
Enquanto vivo triste dor: adeus;
Ouvindo o coração clamar: "retorna!".

Pode ferir-me pequenino deus!
Pois agora vejo os medos meus...
Perco-te em sonho, acordo, aurora.

by Calado

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Caminho do encontro

As vezes eu fico assim...
Pennsando.
Pensando que as vezes,
Eu fico assim.
Assim pensando,
Eu fico, as vezes.
As vezes eu fico.
As vezes pensando
Pensando... pensando...
Nas vezes que fico,
As vezes eu vou.
Pensando...
Eu vou!
As vezes eu vou,
E pensando eu fico.
E pensando eu vou.
Eu fico...
Eu vou...
E nunca me sai,
do pensamento...
Que nas vezes que vou,
Nela fico... Pensando.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Horas percorridas

Ando distante!
Desejo à cada instante,
Em agonia fatigante,
Espero o chegar.

Mero farsante,
Abandonou o instante...
Eu? Constante inconstante.
Desejo; tocar;

Frívola ansiedade,
Mata-me à maldades.
- este triste sangrar -

Ora! Peço piedade.
Chamo-te de saudade,
Que abraça-me ao deitar.

 

   

by Calado

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Um ciclo lunar

30 luzes...
30 trevas...
E eu não ansiaria
Por pouco mais,
Odiaria menos que estas.

Vários sóis...
4 Luas...
5 ciclos nos separam.
Luz, trevas, conto o tempo!
Hoje, só, a olhar a rua.

A sós,
Em companhia...
Felicidade, tristeza, dor... prazer:
Vivo, vejo, viro ao avesso!
Tranquilidade abraça a euforia.

Conta perdida,
Tudo é nosso!
O tempo em si não satisfaria,
Esses vácuo que hoje tenho...
Neste peito que hoje é vosso.

  
by Calado

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Lorde Sombrio

Talvez, tudo eu venha à odiar,
E perca-me, neste tornado: paixão.
Afundando nesta escuridão...
Sinto toda a luz querer me deixar.

Envolvidamente no triste frio,
Que mata, destrói o cardiaco pulsar.
Vejo este vil vírus vasculhar
Tudo que em mim é escuro e vazio.

Debaixo da sombra do tecido,
Recebo a pena, que merecido,
Devo eu hoje, com alma, pagar.

Deleito-me então no castigo,
E nas trevas que vem me seguindo.
Caminho... E não há como voltar.

by Calado

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Verão ardente

Talvez jamais esqueça,
Deste sol na cabeça,
Deste verão ardente.

Realmente, eu não deva
Perder a vista desta
Jóia, mui resplandecente.

Então, caro amigo,
Com tu hoje divido,
Motivo sorridente...

Agridoce e feliz.
Talvez, de dura cerviz.
Caminho lentamente.

Deixo então, o verão passado.
Pelo novo já esperado,
Com seus sorrisos reluzentes.

Dê-me Deus esquecimento,
Do outrora, de meu tormento,
E sorria neste meu presente.

Que de tristezas já provado,
Tenho no espirito fados
Que agora são divididos.


by Calado

domingo, 12 de janeiro de 2014

Dias e Noites


NOITE - Sem Sono

Silêncio... Vejo-a dormir.
No esquife da noite,
Seus sonhos são tão doces;
Que ela, dormindo, sorri.

Silêncio! Não perturbe.
                                                                      Doce ébano, longe,
                                                                      Dos meus braços no hoje,
                                                                      E talvez, no por vir.

                                                                      Vejo-a dormir... Silêncio!
                                                                      Que a noite se livre
                                                                      De perturbar seus sonhos.

                                                                     Se teus olhos me vissem
                                                                     - solitário momento -
                                                                     Despertarias do sono? 

***

DIA - Algo quer-te, anelo

Viaja um carta,
Veloz, pelos ares.
E em mãos amadas,
Quão feliz deixaste.

Te leu a amada?
Sorrisos geraste?
Fico a desejá-la.
Comigo sonhas-te?


Alguém quer a Ti?                                                                                                             
Melhor esquecer,                                                                                                             
         Logo a ouvirei...                                                                                                             

Vejo Tu sorrir!                                                                                                                 
Venho a esquecer,                                                                                                                 
O que a Ti enviei...                                                                                                                 







by Calado

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Traços cruzados



E no início era sem forma,
Tão sem forma. Porém, não vazio.

Um choque, encontro, acaso?
Um silêncio então os toma.

Caso o acaso logo os viu.
Decidiu fundir estes laços.

E pouco à pouco se forma,
Algo que então, nunca se viu:

Linhas, mãos, laços e abraços.
E o que não era, se torna...

Pulsa o coração frágil, sutil,
Tecido de Eros enlaça-os.

São formados sorrisos, e assim,
Os olhares trocam-se no ar,

Andorinhas a voar no verão,
Vestindo um belo carmesim.

E sempre em luta a travar,
Desejam-se, apaixonarão?

E enfim, inicio do verão,
Será que eles, o verão?

Por fim, eles então viram!
O enigma se solucionar...

Em meio à toda agitação,
De bombas, fogos que explodiam

Um pedido madrugada a ecoar,
Por sorrisos que um dia viriam.




by Calado