Citações

- William Shakespeare

terça-feira, 27 de março de 2012

Alegres desculpas



Se para a alegria de teu coração,
Posso cantar doces canções.
Encantar diversos corações,
Ainda assim...
Desejaria apenas o teu.


Se desejas doces palavras,
Se verdadeiras ou ilusões...
Em doces versos ou mil bordões...
Desejaria...
Que este fosse inteiro seu.


Se como faca a te ferir,
Minhas palavras, desilusões,
Moça te peço, dois mil perdões,
Que alegria...
Se arrancasse um sorriso teu.


Enfim te escrevo humildes versos,
Remindo-me dos "ais" de paixões.
Contando histórias de corações,
Em agonia...
Assim como agora está o meu.


Desculpe-me doce mulher,
Não quero plantar em ti emoções,
Apenas tocar corações,
Na tristeza...
Alegra-los, como quero alegrar o teu!
  
  
  
  
  
  
  
  
by Calado

Necrólogo de um amante





Quando enfim...
O prata minha mente coroar,
E a força abandonar-me,
Deixando apenas os consciente...
Chegada é a hora.
De... Livrar-me de amores de outrora,
Esquecendo-me de tristes paixões.
Da dor causada por vários corações...
Tão vazios como este meu.
Agora, fraco e debilitado,
Deixando no hades o que fui eu,
Sendo homem, novo, velho,
Amante abandonado.
Condenado sem merecimento;
A deriva, afogando-me...
Em rios de lágrimas amargas,
Desejando um pobre contentamento,
Sorrindo fronte ao sofrimento
Que nesta vida se alastrou.
Pois... Enfim...
Me reservada está a morte!
Indo-me até o pingo singelo de sorte...
Dá esperança que um dia me restou.
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
by Calado

Coração no lençol




Pude ver um lençol,
E um coração abandonado.
Envolto em sedam e linho trançado,
Vivendo a solidão de ser tão só.


Rolando, esperando o nascer do sol;
Suportando o frio a ele reservado.
Escondendo-se. Concha como de caracol,
Chora a dor de ser... Apenas mais um mal amado.


Seda brilhosa, em noite escura;
Vida vazia, na cor de água turva.
Tem seus motivos para prantear.


Espera o amor que tudo cura,
Guarda a mágoa de uma dor somente sua,
Enquanto busca motivos para se alegrar.
  
  
  
  
  


  
  
by Calado

domingo, 18 de março de 2012

Arrepio






Quando você sente aquele frio,
Triste e solitário,
Diferente do arrepio
De um toque apaixonado.


Do olhar sobra o desvio,
Feixes de luz abandonados.
Um triste e outro solitário,
Mais uma partida, coração vazio.


De um toque um dia sonhado,
De um abraço um dia ofertado,
Hoje nada restou pra contar...


Uma história uma vez adiada,
Um arrepio, foi a pele privada,
Sem o fogo da paixão para esquentar.














by Calado

quinta-feira, 15 de março de 2012

Ferrugem



Estou sendo corroído!
De dentro... Para fora,
Sendo suavemente espiralado e machucado.
Por um mal criado por mim mesmo,
estou sendo destruído,
Sem esperança, sem me salvar agora.
Perco meu chão... Minha sustentação,
Fraquejam os meus pés.
Sinto que isto começa a chegar...
Ao centro do mal, coração,
Anseia me matar?
Destruir-me?
Essa pena, a morte melhor me seria...
Até mesmo a desejaria,
Do que a doença dos poetas.
Vou morrendo aos poucos,
Com uma dor que mais parece felicidade,
E não atento para estar viril maldade,
Que se faz cruel dentro de mim.
E pouco a pouco...
Desapareço... de dentro para fora,
Em um Ballet sangrento.
Corroído!
Pela ferrugem desta paixão...
Doce e amarga, cruel paixão!
  
  
  
  
  
  



  
by Calado

Caminho das Rosas





Pelo caminho, sozinho!
Um perfume doce pelo ar,
Tão suave...
Tão palpável...
Uma sensação de nostalgia,
Invadia-me com uma estranha alegria.
Uma história ainda não contada,
Não vivida para amar.
Doces suspiros...
Gosto de inesperado...
Como amado que busca sua querida,
Sem dor, sem pranto ou partida,
Desejoso do beijo de sua musa amada...
Á beira do caminho...
Com sua pena e seu papel...
Rodeado por flores belas e perfumadas.
Sopra um brisa gelada...
Espalhando o perfume pelo ar.
Por segundos...
Invade-me a sensação de lembrar,
De teu lindo rosto gentil,
Do abraço quente e amoroso.
Entre as árvores deste caminho luminoso,
Onde estas lindas e belas rosas...
Fazem-me lembrar você!




  



  
  
by Calado

segunda-feira, 12 de março de 2012

Quebra-cabeça



Procurando o encaixe certo...
Perdi a noção do tempo.
Vi-me em meio a infinidade de peças,
Espalhadas ao vento,
Que fluía de meu coração.


Errado... errado... correto!
Em um procurar paciente e lento,
Uma vida inteira de espera.
Tomando todo o meu tempo,
Em busca da cura da solidão.


Apenas mais um, não descoberto.
Solitário, esperando o contentamento.
Cantando aos quatro ventos: "quem me dera..."
Destruir o isolamento,
Sair de minha terrível prisão.


Empilhando o incompleto,
Sufocado pelo triste lamento,
Do encaixe do qual estou à espera,
De esquecer todo esse sofrimento,
E me aquecer do frio da solidão.
  
  
  
  
  

  
  
  
by Calado

Negar uma paixão



Desistir de um amor,
Alegando não haver tempo
Para tal dor e contentamento,
Negado lhe é o valor.


Negar-me a tua companhia, dor...
Invade-me neste momento.
Temeroso, não sei se aguento...
Excluir de minha vida teu amor.


Quem me dera arrancar essa dor,
Daria à minha tristeza o contentamento,
Expulsando de mim o lamento.


Se... Possuísse eu, teu amor,
A felicidade seria o alimento,
Do desfecho deste se apaixonar.
  
  
  
  
  
  
by Calado

domingo, 11 de março de 2012

O suspirar




Suspiros...
Perdidos, desgarrados,
Como rebanho perdido,
Talvez abandonado
Por alguém,
Que não o deseja mais!

Perdidos?
Talvez, mal amados.
Ou apenas incompreendidos...
Ao vento jogados.
Por alguém,
Que não quer amar mais.

Feridos...
Como os corações habitados.
De seus amores destituídos,
Sem razão, sem traçado...
Um caminho,
Sem amor... Sem paz.

Esquecidos!
E jamais serão lembrados,
Para sempre desmerecidos.
Pobres suspiros injustiçados!
Sem amor,
Sem paixões, sem amar! 
  
  
  
  
  
  
  
by Calado

Sintomas







Esse aperto no coração,
Exige uma melodia,
Uma doce e triste canção
Que ainda não pude cantar.


Essa triste e amarga emoção,
Dor, alegria, agonia...
Como a beira de uma explosão,
Vejo o que apenas pude sonhar.


Agora, desfruto da doce solidão
De um incerteza crua e fria,
Repleta de coisas, causos a se considerar.


Hoje mesmo há palavras que não posso falar,
Talvez, até eu as diga um dia...
Um dia sem a falta do ar, paixão.







by Calado

Lanço de papel



Certa vez houve um lenço de papel.
Onde de forma tímida,
A Ti escrevi uma poesia.


Na que lembrasse aliança, anel.
Apenas relato de minha vida.
De uma momentânea e especial alegria.


Sobre um amor puro e fiel,
Sobre o rosto da flor mais linda,
De uma paixão a ser então vivida.


Segurar de mãos, girar em carrossel.
Troca de olhares, sensações vividas,
Medo, paixão, receio, companhia.


Mas como certa vez... "houve o papel"!
Pois não entregue, o tempo desgastaria.
Nunca revelando-te amada minha.


Palavras jamais ditas... Bouca infiel.
Meu coração a Ti diria,
Mas a razão julgou a palavra maldita.


Sim! Foi o apaixonado lenço de papel.
Que expressou o que sinto um dia,
Dizendo "Tu és minha alegria.".


Foi se o tempo, e como foi a mim cruel!
Negando-te o que lhe pertencia,
Carta singela, de minha paixão e alegria.
  
  
  






  
  
by Calado



quarta-feira, 7 de março de 2012

Você




Tudo em Ti me encantou,
Olhar, andar, mover, vestir...
Mesmo assim...
Em mim nada... Nada mudou.
Posso ver frente a mim,
A imagem do abraço.
E do beijo já guardado,
Sob os cofres de lábios de metal,
Onde como condenado...
Murchou o beijo em fim.
Tratado como chacal,
De tristeza expirou...
Pois, teu adeus foi fatal,
Cruel, terrível e sem fim.
Como doença em mim,
Destrói o que restou.
Tudo em Ti é paixão,
Em mim?
Apenas gotas de solidão
Regando meu jardim.
E mesmo sofrendo de desilusão,
Ardo em febre de paixão.
A qual o remédio de meu coração...
Sempre encontrarei em Ti.
  
  
  
  
  
  

by Calado

Realidades paralelas







Quantas realidades vivi?
Dias, encontrados em ti,
Ainda assim, tudo se perdeu.

Vãs tentativas, me atrevi.
E em todas estas, sofri.
Sem honra, amor, sou eu.

Te salvar... Já consegui!
Te perder? Ah! sempre perdi...
Seja você ou eu... Alguém morreu.

Quantas partidas tuas eu vi;
Em acenos, onde lágrimas verti,
Estava a paixão de Perseu.

Por todos os erros que cometi...
Por cado bom ato que fiz,
Sendo esquecido fui eu.

Passam dia e noite, aqui...
Trancado na arca que há em mim,
Esperando um sorriso teu.

Ao longe foi que descobri,
Que talvez, longe de mim,
Tenhas vida, e quem morra seja eu.

Talvez... Destino não queira unir,
Teu estrelado futuro a mim,
Reservando-me a vida de um Odisseu.
  
  
  
  
  
  
  
  
by Calado


segunda-feira, 5 de março de 2012

Caleidoscópio





Esse é o teu amor...
Girando em torno de mim,
Em torno de si.
Buscando um referencial,
E referencial algum.

Confundido-me com dor...
 Destruindo um pouco de mim,
Desejando-me para si.
Devora-me... Meu mal.
 Perdido em mundo algum.

Essa a triste paixão...
 Levando o que resta de mim,
Girando pra me confundir.
 Não posso te decifrar.

 Essa é a doce solidão...
Que leve, vem sobre mim,
Destrói o que sobrou aqui,
Se vai, sem nada deixar.




  
  
by Calado

domingo, 4 de março de 2012

Homem solitário






Passas por mim...
E se vai, sem aviso.
Mesmo amedrontado,
Afogado em incerteza,
Ainda sim, corro o risco.


Passas por mim...
Leva o chão em que piso.
E ainda que despreparado,
Amo tua sutileza,
E ainda sim, perdido fico.


Passas por mim...
Como por todos os vivos.
Deixando fraco, adoentado.
Rendido pela surpresa,
Mas outra vez solitário eu fico.


Passas por mim...
Como flexar de um assassino.
Mata-me, deixando-me abandonado.
Descobrindo minha fatal fraqueza,
Paixão, matando-me em delírio.
  
  
  
  
  
  
by Calado

O primeiro olhar





Desde o primeiro olhar,
Vi neste doces olhos...
Uma luz branda, calmo brilhar.
Como se os mesmo olhos
Estivessem por me chamar.
E vejo... Vejo...
Partes meu coração,
Dúvidas, dores, carinho.
Misturados a um abandono,
Soltar de mãos!
Vejo-te ir... E vejo voltar.
Confundes-me...
Indago...
Não sei onde, o coração quer parar.
Se na morada de teu peito,
No abandono sútil.
Ou na graciosidade de teu jeito,
Deste teu modo gentil.
Desde... O primeiro olhar...
Nossas primeiras palavras,
Nuas, cruas, ao ar jogadas.
Tímidos, sorrisos de desejo,
E uma sensação...
Entre a dor e o prazer,
Causando-me confusão,
Que assombra-me...
Não quer deixar-me te esquecer.

  
  
  
  

  
by Calado