Citações

- William Shakespeare

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Se foi






O meu amor se foi...
Atravessou a porta e partiu;
Eu não pude ver!
Eu somente quis correr!
Meu maior escudo...
O meu próprio orgulho,
Destruiu o momento de de dizer "Te amo!",
Fecho os olhos; suspiro;
Contemplo o passar do anos,
Tudo que se foi,
Tudo que era pra ser.
E ver...
Que meu amor se foi,
Só me lembro de um choro silencioso...
E um lamento junto a porta de saída
Eu vi!
O meu amor...
Se foi!
E deixou no vácuo o momento a que me guardei!
Tantos escudos erguidos...
Vejo em minhas mãos...
O amor perdido,
Uma lágrima,
E um beijo de "adeus"!
  
  
  
  
  
by Calado.

Esta sala vazia




Eu... Deveria procurar uma luz,
Alguma coisa no fim do túnel.
Um sinal que levasse até você.

Mas... Só encontrei estas sombras;
E os rastros de tua passagem,
Ambos me fizeram chorar, sofrer.

Em mundo de luz e trevas,
Onde vários cenários se repetem,
O teu não me foi permitido viver.

Amor, amor... Que matas-me!
Sufoca-me com a saudade,
Destrói-me com a falta de você.

Em uma sala vazia...
Um homem de coração vazio...
Pois me foi negado, ele era você!

Preso em um coração vazio,
Onde silêncios aprisionam-me
Eternamente, chamo teu nome! 
   
   
   
   
by Calado

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Prólogo do Fim



Eu... Eu ainda lembro de Ti!
De como feliz corria aos teus braços,
De como era bom ter você.


Lembro-me... Dos edifícios vazios,
Das luzes, faróis e carros,
No retorno a meu doce lar.


Noites em teus braços...
Beijos... Dias ensolarados,
E de uma vez em teu colo adormecer.


Lembro-me, de tua doce voz,
De que em meu coração era nós,
De ardentemente querer te amar.


Tão claro como o caminho,
Em que a noite, a pés, percorri sozinho,
Decretado estava o nosso fim.


  
  
  
  
by Calado

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ele e Ela




Volto para aquele desejo,
Profundo e consumidor: Amar!
Falho, cobiçoso e egoísta,
Esse meu sentimo a aflorar.


Consumido por coragem e medo,
Persigo o que sinto sem cessar.
Conhecendo mundos além da vida,
Com lágrimas de sangue a jorrar.


Volto ao luto...
Volto a dor...
Escuridão e frio,
Ambas buscam por amor.


Te invade também o mesmo,
Esse desejo que se chama "amar".
Invade teu mundo de sol, tua vida,
Jamais tivesses pesadelos, irás chorar.


Consumida por alegria e tristeza,
Corres de meus braços, abraçar,
O frio de meu ser quer o calor de tua vida;
Esconde-se mais uma vez, o desejo de amar.


Em momentos singulares...
Ou em dias normais de calor,
Alegria e Felicidade,
Ambas também buscam o amor.
   
   
   
   
by Calado

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Camaleão



Hoje... Sinto dores!
Estas que não senti.
Apenas para mim menti,
Mas vivi sim, tais horrores.


Tremem meus lábios por amores,
Que sinto daqui partir,
Só me resta lembrar dos calores,
Hoje, deveras, estas dores senti.


Finjo amor e sinto furor;
Finjo alegria e sinto dor,
Mal eterno da melancolia.


Finjo você, me arrepio...
Finjo a perda mas quero amor,
Mal finito, esta minha agonia.


   
   
   
by Calado

Traição



Traição
De conceitos, idéias;
Uma das piores mazelas,
Para alguns, apenas traição!
Dos direitos... Deveres.
Tudo que não pode ser,
Traição...
De tua própria mente,
Sentimentos se vão facilmente,
Tão somente, infidelidade,
Seja por acaso,
Seja por maldade.
Traição, me és tão maldita,
Alimenta a mentira, a cobiça.
Dos olhos... 
Do corpo.
Trocas-te o amor,
Por um desejo tolo.
Tão desnecessário conjulgar,
Verbo de vermes.
Sente-se a morte espreitar.
Oh! Traição maligna,
Do bem pelo mal,
Dos céus pela terra,
O inferno que tu governas,
Mais puro é do que este lugar.
Onde entre muitos, apenas um, não trairá.
Já aos demais...
Gestos... Olhares... Conceitos,
Traem os outros, trairão a si mesmos!
   
   
   
by Calado

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Melodia apática

Em quantos fados te ouvi?
Nem sei...
Se, em tangos triste senti,
Em milogas mui amargas,
Deste teu inevitável féu provei.


Nos melodramas que vivi.
tantos que cansei...
Tristes valsas de Ti,
As dores que me causavas;
Penso nas canções em que te amei.


Viveram doces sonatas,
Hoje, fúnebres hinos.
Não percebi, que matavas...
Meu amor com teus disfarçados grunhidos.

Triste melodia apática,
Desprovida de qualquer sentido.
Teus sons, tua cor e sabedoria são nada,
És uma música pobre, causo perdido.
   
   
   
   
  
by Calado

Apenas eu... Apenas mais um


Não me acho,
Em lugar algum.
Não me acho!
Sou apenas um.

Não, bonito me acho;
De modo algum,
Da vinha... Mais um cacho...
De uvas! Só mais um.

Não me acho...
Não me encontro de jeito algum.
Eu não me acho,
Perco-me, um a um!

Não, sozinho me acho,
Sou apenas um...
De vários, eu acho...
Sou mistério, apenas;
Sendo mais um.

  
  
  
by Calado

Mal de apaixonado

 
Olhos, boca, braços,
Ambos clamam desesperados;
Este nome que não consigo esquecer.


Mente e coração, mal amados,
Sentem-se mui desprezados,
Mais até, do que se pode ver.


Mal, de todo apaixonado,
Daqueles ainda não encontrados,
Os que esperem que um dia possam ser.


Tristeza, que sangue tem derramado,
Uma ferida a mais tem causado,
Esta existe por eu te conhecer.
  
  
  
  

by Calado

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Desespero apaixonado


Como eu te desejo...
Anseio teus olhos nos meus,
Teus braços a me envolver...
Desespero?
Não! Apenas desejo voraz.
Me consome...
E não desaparece!
Sonhos...
Sorrisos sem motivo,
Coisas que eu não consigo,
Realmente...
Não consigo mais entender.
Amor? Paixão? Ilusão...
Quão desesperado eu estou?
Nem ao menos posso perceber,
Desejo...
Amar-te... Te conhecer,
Apenas.
Uma pequena, ou grande...
Uma parcela de atenção!
Gostaria de estar no abraço teu...
Gostaria...
Mas não estou, 
Apaixonado... Amando...
Ah duros suspiros de amor,
Quão apaixonado estou!
   
   
   
   
  
by Calado

Identidades



Já fui arqueiro...
Já fui um deus...
Também salvei o mundo de um anjo mal!


Já fui guerreiro...
Já disse adeus...
Também já vivi um grande amor!


Já fui herói..
Já fui demónio...
E também já destrui corações.


De tudo que já fui...
De tudo que serei...
Eu jamais cansei de ser estes vários "eu's".


De todas as armas que forjei...
De todos as defesas que perdi...
As que pertencem ao amor eu jamais pude criar.


De tudo que sou...
De tudo que não fui...
Eu jamais cansarei de amar.
   
   
   
   
by Calado

Hades

     
  
Meu coração é negro,
Não de maldade ou rancor,
Mas, por faltas e desilusões de amor.


Gélido, como pedra de gelo,
Não por não poder pulsar,
Mas por nunca tem alguém para amar.


Preso, neste submundo sombrio.
Confinado por meu próprio irmão,
De presente, ganho o sofrer de meu coração.


Condenado, por ser diferente,
Gostar das trevas, da luz do luar,
Banido, hoje apenas mortos posso contemplar.





by Calado

Cronologia


Meu relógio não tem marcado as horas!
Longas... Longas horas,
Me sinto fora de tempo,
Fora de meu tempo.
Fora de mim mesmo...
Busco um pouco de quem sou.
Não me encontro,
Ai de mim - Se me encontrar,
Nada de mais a perguntar.
Responder quem sou?
O que é minh'alma?
Nada tão eterno...
Mas nada tão mundano...
Só quero recuperar meu tempo!
Ou pelo menos parte deste...
Me sinto desorientado,
Pois, meu tempo tem passado...
Não... Eu não tenho acompanhado!
Me sinto fora de tempo...
Perdi minha cronologia!
Sem um começo...
Sem um fim...
Sem qualquer vestígio de história.
  
   
   
   
by Calado

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ela queria dançar

   
Ela desejava dançar, libertar-se!
Seu corpo clamava pelo ritmo,
Envolvido por cada batida,
Da música, de seu coração,
Ela só queria dançar.

E quantos olhares atentos, 
Sussurro, palavras venenosas no salão,
Ela só queria dançar...
Adentrar em seu céu particular,
Regozijar sua alma de menina.

Rodeada pela hipocrisia,
Contemplava o partir do dia,
Seu desejo singelo perder-se no ar.
Ela só queria dançar!
Pena não poder fazê-lo.

Seu coração de menina...
Seu corpo de mulher...
Nenhuma reprovação aparente!
Mas ela e todos condenavam aqueles no salão...
Triste menina... Só queria dançar!
  
  
  
  

by Calado

Olhar passageiro



Eu a vi!
Mas ela não me viu,
Ao menos percebeu,
Que para ela eu olhava.


Eu a vi!
Mas nada aconteceu,
Nem se quer sentiu,
Que eu estava a desejá-la.


Passageiros...
Desejos de rápidos momentos,
Impossíveis de serem domados.


Passageiros...
Teus olhos me fitando no salão,
Causaram-me emoção, e não me olharam mais!
   
   
   
   
by Calado

sábado, 12 de novembro de 2011

Velha saudade

Saudade...
De mais um amor que parte,
Distância de infinita dor,
Chora-se a despedida do amor,
De alguém que pode, ou não voltar.


Saudade...
Como enchente que invade,
Inunda-me, mata minha flor;
Lava, tudo fica sem cor,
Memória, está não pode se apagar.


Saudade...
De algo há muito perdido.
Coisas a se esperar.
Desejos a se desejar;
Tudo que não vivi contigo.


Saudade...
Fez isto comigo,
Somente para me magoar,
Nada mais, desejo descansar,
No teu abraço, ter sonhos tranquilos.




by Calado

Falta futura

 
Meu coração está a sangrar...
E não consigo me responder,
Como pode? Porque?
Chorar... Sentir...
A falta de um amor,
Que ainda não veio a existir.

Hoje estou a me perguntar...
Como o destino pode esconder,
Teus olhos, teu ser,
De mim... Que ainda não a vi.
Sinto apenas, este furor...
Que clama por Ti, junto a mim.

Todo meu interior... Está a chorar...
Sentindo a falta de você!
Que você me faz, sem ao menos um "porque".
Falta de coisas que não vivi...
Falta que causa está dor...
Saudades de um amor que não conheci.
  
  
   
   
 by Calado

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Crônicas de Orfeu

    
Adentrando os portões do hades...
Esqueço-me de toda a esperança!
Apenas dor e sofrimento,
A pena aos mortos reservada.

Levo comigo apenas minha canção,
Tenho apenas uma singela lembrança,
O motivo de meu lamento,
Resgatar minha amada.

Oh! Senhor dos mortos,
Dentre estes podres e impuros corpos,
Devolve o amor que por direito é meu.

Que engano o meu,
Vejo agora em pedra transformada,
Pela traição de Hades, minha doce amada.
  
   
   
   
by Calado

Noite passada



Durante a noite passada,
Eu observei cada estrela do céu.
Vendo elas romperem o azul deste véu,
Cada uma com seu brilho singular...
Pensei em Ti...
Em Mim...
Em um nós que não pode se realizar.
Pensei...
Em pude tão somente pensar,
Imaginar...
Coisas que desejou meu coração,
Até mesmo um linda canção,
Que jamais escrevi...
Que não poderei cantar.
Idealizei campos de esperança,
Alimentei desejos de criança...
De um futuro...
De um amor...
Lugar seguro, abraço caloroso,
Um instante amoroso...
Momento difícil de encontrar,
Alguém difícil de encontrar,
Amor está em falta...
Infelizmente não se pode comprar...
Noite passada....
Entre um milhão de pensamentos,
Perdi meu sono...
Olhei por vezes o firmamento,
Em busca de Teu nome,
Teu rosto...
Então... Passaram-se três dias,
E...
Isto... Ainda me consome!
    
    
    
   
   
by Calado


Entre Paixões e Contradições

   
Se eu me apaixonar...
Amarrem-me ao pé de minha cama,
Considerem-me louco...
Alguém que a si mesmo engana.

Se eu me apaixonar...
Presentei-me com teu doce amor,
Considere-me louco...
Dia após dia desejando teu calor.

Se eu me apaixonar...
Isolado seja eu de todos,
Considere-me louco...
Besta, animal feroz solto.

Se eu me apaixonar...
Não prives-me de tua paixão,
Considere-me louco...
Sem Ti, morrerei em minha ilusão!
   
   
   
   
by Calado

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Não conjugar... Se apaixonar!



Conhecer;
Apaixonar-se.
Raciocinar,
Desapegar,
Sofrer...


Desconhecer;
Apaixonar-se...
Enlouquecer,
Morrer;
Amar.


Estranhar...
Entregar-se;
Sentir,
Mentir,
Chorar.


Abraçar;
Despedir-se
Estranhar,
Aguardar,
Retornar.


Abraçar...
Beijar...
Amar!
Deitar...
Dormir.


 
 
 
by Calado

Blues




Perdi você;
                 ...Assim chorei...
Quando tudo era te querer,
                 ...Sem ter você...
Nos teus braços me perder,
                 ...me encontrei...
De Ti poder me saciar.
                 ...No teu amar.




Este querer...
                 ...Amar você...
Chegaria ao céu por você,
                 ...E te querer...
Sorrir de tudo que podia ser,
                 ...Me encontrei...
Em Ti poder me encontrar,
                 ...Ao Te amar.
   
    
    
    
by Calado

domingo, 30 de outubro de 2011

Novidade já vivida


Coloquei-me a pensar,
Sobre esta dor a me consumir.
Esta paixão, fúria em mim,
Sobre tudo que posso desejar.

Em lágrimas a desabar,
Correndo meu rosto, sorrir,
Enquanto sinto este mundo ruir,
Pela falta de amor, um doce abraçar.

Pensamentos querem me matar,
Fazem-me pensar em Ti,
Distanciam-me cada vez mais de mim,
Da razão que um dia pude usar.

Coloquei-me a pensar...
E assim, eu nada consegui.
Apenas triste me senti...
Com teu ser em mim a ecoar.

Abismo levando à abismo sem findar...
No espelho, não me reconheci.
Apenas a lembrança que não tenho de Ti,
Tira-me o sono e leva-me a sonhar.
    
    
    
    
by Calado

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ilusão poética

   
Quando você se foi,
Pouca coisa de mim sobrou.
Apenas pedaços do que fomos nós...
Meros restos mortais,
De coisas que nem existem mais,
Tudo que um dia importou.


Eu, chorei, mas ninguém viu!
E mesmo sabendo disto,
Você partiu...
O coração que lhe amava,
E disse que não mais voltava.


E naquele triste e eterno adeus...
Que fiquei a chorar,
Nada mais podia desejar...
Se não ter de volta o amor teu.


Mas, agora resta apenas passado...
Algumas lembranças, coisas boas, mal bocado,
De tudo que um dia se viveu.


E hoje nada é... Não era para ser.
Insistimos, fracassamos, egoísmo do ser.


Ainda bem... Que nada disso ainda aconteceu!




   
   
   
   
by Calado





Branca de Neve


Aproximar-me... Eu tento!
Mas ora! Quão distante tu és.
Em conhecer-te me emprenho,
Envolvo-me, quão misteriosa és!

Sei apenas... De tua beleza,
Teus lábios lindos e rubros,
Tua pele, alva, branca, por natureza.
A mim... Visão mais lindo do mundo.

Teus olhos, prendem-me, atento...
Estou eu para este ser que a mim, és,
Se distancio-me ou aproximo-me, não compreendo,
O desejo de estar perto.

Como um conto de fadas, tua sutileza,
Lembra-me a branca de neve dos sonhos.
Tua timidez, tua atitude, fazem de Ti princesa,
Quero guardar-te como menina de meus olhos.
    
   
   
  
by Calado

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Á primeira vista

   
   

Dois olhares a se encontrar,
Afinal, uma afinidade fatal!
Atração inexplicável.
Discretos sinais, aos poucos emitidos,
Dois corpos em uma dança distante.
Fingir-se não ser percebido,
Em uma distante proximidade.
Totalmente aceitável...
Idealiza-se, um ser inigualável.
Pequenos gestos... A perder-se no ar,
Mãos, corpos, lábios,
Todos desejando se tocar.
Ballet magnifico...
Um tanto quanto proibido,
Mas... Em verdade não o é!
Um superficial... Infinito,
Amor fazendo-se paradoxal.
Nem se quer uma palavra.
Dois tímidos seres a se olhar,
Cada qual em seu universo...
Inverno, que a noite vem trazer;
Dormir? Não consigo mais!
Teu rosto vem-me a mente,
Em um breve “para sempre”,
Mil anos em um dia...
Á primeira vista.

  
 
  
  
by Calado

Catarse

  
 
Expurguei-me de medos e temores.
Do que se passou, do ainda não vivi,
E de coisas que não virão a existir;
Meu coração se abala, terremotos, tremores.

Pude ver-me em meio a horrores;
De dores que outrora senti.
Então, percebi, em fim...
Não sou capaz de perdoar traidores.

Pude ver-me, em meio a ações e reações.
Verbos que nunca ousei falar,
Pessoas, vidas, coisas que nunca irei amar,
E este é apenas um de meus corações.

Em meio a amores e desilusões...
Todos nós estamos a suspirar.
E tão sublimemente a ansiar,
Por qualquer coisa para completar nossos corações.

No fim... Se quer conseguimos aceitar,
Nossa condição nesta realidade.
Vivendo de hipocrisia, artificialidade,
Preciso desta fantasia para me libertar.
  
  
  
  
by Calado

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sujeito Oculto



No movimento dos astros,
No simples e lindo brilho das estrelas.
Contemplo eu... Todas...
Tão belas, ao mesmo tempo.
Nas fazes da lua...
Em seu brilho frio e acolhedor.
Eu as vejo!
Pelas lentes de meu coração.
Dormindo...
De olhos fechados...
Mesmo assim, acordado.
Eu as vejo, e as amo!
Um amor transcedental;
Impossível, surreal,
Gravuras belas entre as nuvens.
Eu as vejo...
Como queria que todos os meus irmãos,
As vissem como eu!
Mas então... Elas não me vêem!
Se quer minha existência percebem,
Impossível! Surreal!
Isto é o que sou...
Não perceptível aos sentidos.
Quem me dera ser encontrado,
Perdido como estou...
Em minha mente.
No infinito universo dentro de mim,
No movimento de meus astros,
Eu as vejo, mas...
Elas não podem ver quem sou eu!




by Calado

domingo, 16 de outubro de 2011

Sentir-te só



Tenho me sentido só...
Em busca de algo, alguém, um razão.


Tenho me sentido só...
Entre milhares de estrelas, planetas, estão galáxia.


Estar se sentindo só,
Com seu grito ecoando pelo universo.


Não sei se é a melhor comparação,
Parece-me um pouco... Algum tipo de inferno.


E se sentir só...
Apenas um pouco solitário, não se está em verdade.


Tenho me sentido só...
Talvez, sentindo falta de mim mesmo.


Estas se sentindo só...
Não é uma carência, na verdade é um vazio.


Sentir-se só...
É mais do que necessário, para um dia se encontrar algo.


Tenho me sentido só...
Uma solidão solitária, infinita que pode um dia acabar.








by Calado

Encontro



Uma aparição...
Oh! Sublime dor de amar.
Das visões mais belas,
Entre todas que vi,
Não!
De todas que podem existir;
A mais bela hoje pude contemplar.

Um, simples sorriso...
Tão somente coloquei-me a esperar.
Pois dentre as estrelas, ela,
Brilhava de forma intensa.
Sim...
O universo revelou-se a mim,
Como mulher, teu nome desejo saber.

Um momento...
Tão somente puder esperar.
Palavras que nunca consegui dizer,
Em meio as emoções que senti.
Dor...
Causada pela paixão encontrada,
Em conflito com a razão que a em mim.




by Calado

Esta paixão



Paixão...
Umas que vem, outras... Que se vão.
Algumas, permanecem no "não";
Dilema este, maldita ambição.

Paixão...
Parece sentimento, na verdade... É emoção.
Esta se vai, deixando-nos no vão,
E a agonia fica, solidão.

Coração...
Quem me dera controlar a paixão!
Jamais haveria cantado aquela canção,
Meu coração, estes pedaços pelo chão.

Paixão...
Umas que vem, outras... Que não!
Encontrar em teu olhar, linda emoção,
E assim me encontrar, a surrealizar esta paixão.




by Calado

sábado, 15 de outubro de 2011

Crônicas do Paladino Negro


De fronte para os restos de meu lar,
Lágrimas e dor assolam minha mente.
Perseguido por meus fantasmas...
Não sinto ódio, amor... Frio, tão somente.
Busco em mim, uma razão para lutar.

Manchado pelo passado de amar,
Tristeza e agonia, sinto-me dormente.
De algo que outrora fui...
Agora machado pelas trevas... Insistente,
Essa escuridão que em mim vem habitar.

Não me resta nada para chorar...
Apenas o ódio em meu coração ardente!
Destruição é o que virá em seguida...
A partida de um amor latente,
A fúria de um guerreiro a se despertar.

De fronte a tudo por se enfrentar.
São de corpo, alma, coração e mente...
Nada ficará em meu caminho!
Julgarei pela minha espada, seguirei em frente,
O futuro ainda está por começar.

Uma vingança implacável está para começar!
A sedenta por sangue a sua frente...
Que o trema então o mundo!
Nada ficará em pé, e finalmente,
O coração envolto por trevas irá descansar.




by Calado

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sonata de Avalon


I

Insistentemente dentro de mim,
O desejo de encontrar meu lar.
Anseio eterno de minha'lma,
Coisa esta, da qual jamais pude me esquivar.

No ponto cardeal errado, assim vivi;
Rodeado por muitos, e nunca me encontrar.
Houveram dias terriveis, sem paz ou calma.
Como se jamais pudesse eu me acostumar.

Lutando para que aceitassem a mim;
Sem fim, inutil fez-se por isso lutar.
Descubro, que de meu lugar longe eu estava!
E mudando, apenas me afastava, esperando chegar.

Vislumbro...  A terra prometida para mim;
Ainda que, breve, pude eu então palpar,
Afinidades, coincidencias da alma,
Avalon, de ti jamais quero me apartar.

Agora, farto destes hipócritas sem fim;
De sua falta de vida, extintos animais a vagar,
Alegro-me, pois encontrei o que me falta,
Coisas que jamais terão! E não podereis comprar!

Avalon.... Agora me entrego a ti!
Estes insensiveis e imorais irei abandonar;
Regozijarei, dar-te-ei minh'alma,
A ponto de nunca mais a este retornar.


II

Ai de mim...
Sempre tão perdido;
Em meio a este mar.

Partir, em fim...
E só que me faz sentido,
Jamais irei voltar.

De vós...
Um ódio desprezivel,
Nem mereceis provar.

Pois nada houve em fim...
Amor ou parecido,
Corações de pedra.

E agora me servi...
Por meus pròprios sentidos,
Pobres coraçôes a putrefar.


III


Então, enfim, posso contemplar;
A beleza de seus mistérios.
Minha morada, meu império,
Aquilo que sempre estive a procurar.


Oh! Quão alegre posso sondar,
Tudo que hoje mais quero.
Viajar por todos os teus hemisférios,
Local este, que posso chamar de... lar.


Avalon! Se sonho, não quero acordar!
De meu coração ferido me liberto...
Para as paixões e amores que me esperam.
Tudo que um dia, apenas pude desejar.


Agora em tuas ruas a caminhar...
Os demônios que me rodeavam, ver não espero.
Da falta de paixão e sensibilidade que me cercava, me liberto,
Patético mundo de animais, Adeus, Bem aventurado irei vos deixar!




by Calado

sábado, 8 de outubro de 2011

Amor do Olimpo


Cupido... Menino brincalhão.
Resolve descer do Olimpo,
Sem encontrar o que fazer,
Resolve flexar um coração.


Vejo, tremenda confusão.
Os pobres mortais da terra,
Pensando Amor ter conhecido,
Caem loucos em paixão.


Cupido, ainda não satisfeito,
Resolve seu feito aumentar.
E como se não fosse bastar,
A todos ele acerta o peito.


Agora nada é mais direito.
Todos estão a se apaixonar,
Na solidão a procurar,
Um amor para colocar no peito.


Cupido, ve-se então arrependido.
Vendo tanta dor sobre a terra,
De paixões uma imensa guerra,
De milhares de corações desiludidos.

Então vê, que nada será ao normal devolvido.
De solidões e amores um ciclo começa,
Que termine este, ninguém espera,
Esse é o amor criado pelo Cupido.
   
   
   
   
by Calado



Solitário


Eu sempre estive um pouco só.
Não que eu viesse a reclamar.
Apenas gostaria de desatar o nó.
Que em meu coração está a se formar.


Sempre refletindo, olhando o por do sol,
A vida de um dia a se discipar.
Isso alivia e cura este "eu só",
Mas jamais completa o que estou a procurar.


Triste desfecho de uma vida,
Que em busca de amor vivera.
E talvez nunca realmente tenha encontrado.


Esperando os olhos de sua querida,
Persiste em sua triste e doce espera.
De completar seu coração apaixonado.
   
   
   
by Calado

Amor de verão

Amores de verão...
Vem... Tão cedo vão.
Apenas restou a tristeza,
E uma chuva fina em meio ao calor.
Amores de verão...
Serão sempre o que são,
Assim como sempre será,
A estação do calor.
Trazendo aquele abundante,
Amor abrasador.
Que um dia tods nós...
Digo isso sem excessão,
Um dia curou e fez feliz,
Mas também partiu e quebrou,
Esse ser com vontade própria...
Misterioso e profundo coração.
Que sempre tornará a sofrer dores...
Causadas por amores de verão.
Embora...
Todos nós precisamos,
Ou iremos precisar.
De um breve...
Doce...
Forte e alegre amor de verão.
   
    
   
by Calado

A mosca



Deixa-me em paz!
Ao menos, permita-me o sono.
"Zumbido" infernal em meu quarto.


Deixa-me ler, digo eu;
"Zumbido" como resposta.
Quebrada está a santidade de minha noite.


Deixa-me... Deixa-me...
Segue teu rumo, sigo o meu,
"Zumbido", "zumbido", insónia forçada.


Caça, um reflexo...
Está morta a causa do tormento.
Livro, sono, tudo se foi com o "zumbido".


As vezes pensamentos...
...As vezes pesadelos.
...Já é manhã, necessito ir trabalhar...


   
   
by Calado

Suspiros


Ah! Essa guerra de amar.
Traz-nos dores infinitas,
Paixões platônicas, Malditas,
E homem algum, jamais pode evitar.


Ah! Esse brilho em meu olhar.
Não espelha toda minha vida,
Alegrias, tristezas, chegadas e partidas,
Das quais eu jamais pude me esquivar.


Ah! Quão diligente és no sofrimento!
Tú, menino acima de nós.
Faz-nos tristes e só,
Prende-nos em um grilhão de lamento.


Tento resgatar em mim o sonhar;
Meu olhar romântico para a vida.
E mesmo com esta podre e corrompida,
Não perderei o brilho em meu olhar.


Ah! Esse menino a brincar...
Jogos tão cruéis, nem avisa,
Apenas lança os dados, quão sofrida,
A roleta da vida a girar.


Ah! Pobre de mim, sem contentamento.
Desejo apenas um breve por-do-sol,
Um momento de pensar em nós,
Lembrar teu sorriso quebrando meu lamento.





 by Calado

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A Bela e a Fera



Quão belo era teu rosto,
Adorado por todos.
E não és capaz de ver,
O quanto desfigurado está!


Quão belas eram tuas palavras,
Por todos tão aclamadas.
Mas nãos és capaz de dizer,
O quão errada tu estava.


Veja agora...  Quem o diria,
A bela tornando-se fera um dia,
Talvez para nunca mais voltar.


Veja agora... Que foste tu um dia,
Gozavas de amor e alegria,
Hoje de podridão e tristeza a se deleitar.






 by Calado

sábado, 1 de outubro de 2011

Castelo de areia

Há uma hora,
Em que o laço mais forte,
Pode em fim se quebrar.


E o que fazer agora?
Quando seu mundo foge,
E tudo parece desmoronar.


Desespero em má hora,
E tudo que se descobre,
São coisas fúteis, pérolas a se quebrar.


Então você descobre,
O que era areia ao vento.
O que realmente pode durar.


Há uma hora...
Onde o que parecia sentimento,
Era mentira, castelo de areia a desmoronar.
  
  
  
by Calado

Psiquê


  
Eu sou...
Apenas fruto de vossa opinião! 
Pois quem sou, nunca saberão,
É apenas segredo meu.

Eu sou...
Coisas que nunca mudarão,
Elas apenas se redefinirão...
O mesmo será com o seu.

Eu sou...
Talvez o maior medo meu,
Talvez, o maior medo seu...
Seja se aproximar do meu, do seu coração.

Eu sou...
Um deus em um corpo ateu.
Restringindo os limites meus,
Me ajoelho em oração.

Eu sou...
Apenas um leve solidão,
Tu és um vulto na escuridão,
Coisas que nunca irão se tocar.
  
  
  
by Calado

Face a face



Foram-se, os dias em que em ti eu via;
A beleza, o desejo, amor...
Um pouco de dor e alegria.


Foram-se as horas em que te seguia,
Ficou apenas um pouco de dor.
Da perda, da solidão, triste agonia.


Hoje apenas mera lembrança sentia,
De tudo que um dia foi amor.
Se procurasses hoje não mais encontraria.


Agora me resta apenas um pouco de dor,
E essa pensei que não encontraria.
Perdeste tua beleza de flor.

Buscas-te então outro amor,

Bem sabia que a ti mesma desonrarias,
E tuas verdades não passariam de um mentiroso rumor.


Apesar do mais vivido, voltei a minha eterna dor.
Minha doce noite e adorada agonia.
Minha tristeza a me fazer desejar meu amor.



by Calado

Soneto para lembrar

  
Quanta coisa ficou para tráz,
Neste longo caminho de minha vida.
Guardei, perdi, abandonei coisas queridas;
Coisas estas, não voltarão jamais.


Então, me invade esta saudade voraz,
Lembrando de algumas das várias partidas.
Chorei, sorri, triteszas e alegrias vividas,
Estou faminto, sedendo por sentir mais!


Estou preso neste imenso caiz,
Vendo meu barquinho aderiva.
Sem amor, sem dor, sem rumo.


Estou em busca de uma certa paz,
No passado da minha vida,
Buscando amor no desamor do mundo.



by Calado


domingo, 25 de setembro de 2011

Abominações


Encontro, mais felicidade
Em meu dias mais sofridos;
Julgando-os, com o coração partido,
Desfrutar o amor em verdade.


Nem benevolência ou maldade,
Apenas, doces sorrisos.
Talvez... falso, mas lindo,
Talvez, uma sábia crueldade.


Que mal, senhora a mim fizeste!
E agora sei bem quem és,
Diligente e doces palavras e más ações!


Virtudes? Te julgas celeste,
Impura na verdade o é,
Igual a todas as abominações.
  
  
  
by Calado

Barroco


Templo eterno e vazio em mim;
Barroco de abandono e solidão,
Meu profano e sagrado sem fim.


Contemplo tua arquitetura do coração;
Forma sem forma, dentro de mim;
Templo de tempos que não se contarão.


Foi-se minha fé, me vejo assim...
Espiral interminável, muitos não me encontrarão.
No templo que há no tempo dentro de mim.


Perdas e ganhos, luz e escuridão;
Me arrependo de perder-me à mim.
Meus olhos não me encontrarão.


Meu eterno vazio sem fim,
No dia em que as luzes se apagarão,
Meu sagrado será profano em fim!
  
  
  
by Calado

Parnaso particular



Vejo-te passar....
Parnaso diário.
Pelos olhos meus,
Como doce brisa de inverno,
Tão bela. Doce refrigério.

Teus lindos cabelos,
Olhos profundos e negros.
Tanto quanto o mar...
Por um momento, palpitar,
De meu coração emocionado.

Eu, tão distante.
De minha própria realidade.
Perco-me em teus olhos,
Breve momento,
Encantamento fugaz.

Não! Não à desejo...
Mas eu a aprecio!
Gostaria de dizer teu nome,
Nem este ao menos sei...
Histérico mistério a prolongar-se.

Não seguirei em frente
Nesta guerra perdida!
Apenas, te guardarei na memória.
Uma musa em meu parnaso particular,
Inspiração desta poesia.

   
   
by Calado

domingo, 18 de setembro de 2011

Braços abertos

  
Quando a noite cair,
E teu corpo sentir frio.
Eu estarei aqui...
De braços abertos.


Quando não houver luz,
E sentires profundo medo.
O puro amor que conduz...
Serei eu de braços abertos.


Mesmo agora na calmaria,
Jamais de Ti esqueço.
Doce desejada amada minha.


Por isso jamais me despeço,
E mesmo enquanto sofro,
Para ti tenho meus braços abertos.
   
   
   
by Calado

Sem identidade

    
Nem o puro negro do abismo...
Nem o divino branco da luz.
Sou um conflito eterno,
Ecoando de forma finita, passageira.


Noite e dia em mim,
Dividida está minha vida.
Meus corpo clama pelo sol,
E minha alma clama pela lua.


Sofro o mal que desejei;
Indeciso, entre meus dois mundos.
Desfrutando de calor e vida,
Ansiando o frio e a morte.


Nem sei mais quem sou...
Sem pombo ou se morcego.
Hora quero pão divino,
Hora sangue espesso e humano.
  
  
  
by Calado

Paixões e Guerras


Perde-se a guerra,
Morre a ideologia.
Vai-se a arma,
Permanece a agonia.

Enquanto o corpo morre...
Enquanto a dor ecoa...
Por um pouco ainda vivo.

Perde-se o medo,
Vai-se a felicidade.
O coração se parte,
Morre-se em segredo.

O momento de falar...
O momento de guardar...
Agoniza mais um coração apaixonado!
  
  
  
by Calado

Primavera

  
È primavera...
Mas não a de sempre;
Vejo flores sedentas...
...De sangue.
Meu sangue a escorrer,
E perder-se.


É primavera...
De morte e horrores;
Já não há contentamento...
...Só lamento!
Meu sangue, minhas lárgimas,
Perdem-se.


Primavera...
Voam os morcegos.
Estes devoraram as borboletas...
...Entre as quais eu me encontrava.
Meu dia... 
Meu amor... Miniha dor...
Tudo se perde!


   
    
 by Calado

sábado, 10 de setembro de 2011

Tercetos tristes e sublimes

   
Como é triste...
Não possuir um lar.
Um abraço, alguém para se amar.


Como é triste...
Sonhar com o coração partido,
Sentir o sabor do amor perdido.


Como é sublime...
A tristeza em prosa e verso,
Música, poesia movendo o universo.


Como é sublime...
A agonia do poeta, do compositor,
Conta e canta para a lua a perda de seu amor.


Como é triste... Como é sublime...
Toda a agonia e desilusão...
Virar música, poesia de amor e paixão!
   
   
   
by Calado



Testamento

    
Abdico, e renego toda regalia,
Que de humana forma...
De mim se apodere;
Longe de quaisquer desmerecimento
Pois na incompatibilidade...Eu...
Me encontro.

Reservar-me-ei... Solidão...
Esta do que romantismo desfruta,
Abusando de sensações mil...
De mil rostos femininos.

Para minhas filhas... Queridas e amadas!
Encontrem corações apaixonados.
Não os de cães e...
Cadelas no cio!
Mas os dos que a sonhar com o amor,
Guardam seus amados no peito!

Pois os antes elogios e caricias,
Tornaram-se gemidos obscenos.
Foi-se o romântico...
Prefere-se o amor imoral e lascivo.

Cada poeta escolhe seu destino.
Eu... Morrerei em minhas dores!
De corpo e alma feridos...
De vários corações partidos...
Golpe de seres bestiais do inferno,
Desferidos por anjos do céu.

Destituo-me de toda alegria,
Esquecendo-me da beleza da rosa;
Derramando o ultimo vazo de perfume,
Está me reservada a escuridão!

Testamento do que morre em vida....
Pois contemplei a morte.
A vós, cães, deixo minhas filhas...
E uma parte de mim!
Ou ao menos... o que de mim restou.
   
    
    
by Calado

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Meu ultimo plano


Eu tentei me ver sem você...
E não consegui.

Eu tentei te ver sem mim...
Apenas chorei.

E por mais que eu tente...
Não consigo não te querer.

Eu tentei ver a nós dois...
Um sorriso se abriu.

Eu tentei ser o melhor que pude...
Mas você não percebeu.

Vislumbrado pela beleza...
Esqueci de amar minha estrela.

Eu tentei esquecer você...
Mas não consegui.

Eu tentei viver sem ver você...
Mentiroso, isso não consegui.

E agora apenas tento e tento...
Ter você novamente junto a mim. 
    
   
   
by Calado

Ontem percebi...


Ontem...
Procurava por paixões platônicas,
Amores tão distantes...
...Tão distantes quanto às estrelas.
Estendi meus braços pequeninos...
E sofri!


Ontem...
Descobri que Platão havia morrido!
E o que era distante...
...Parecia-me tão fútil e banal.
Entendi que havia alguém ao meu lado...
Era você!


Percebi...
Que não era a lua que eu desejava,
Mas a estrelinha...
...Que refletia sua luz em meus olhos.
Então chorou meu coração...
Triste engano.


Percebi...
Que agora minha estrela se afasta,
Minha estrelinha...
...A quem tanto amo olhar nos olhos,
Então chora meu coração...
Com esta partida!


   
  
by Calado