Citações

- William Shakespeare

domingo, 13 de janeiro de 2013

Escanteado




Ando pelos cantos,
Reservando-me à solidão.
Este sentimento estranho...
Tortura-me como navalha nas mãos.
Sentindo-me.. Incapaz,
Com um vazio profundo e eterno.

Ando aos prantos,
Até o vendo sente esta aflição.
Pois contigo sonho,
Tocando teus braços, tuas mãos.
Pois quero te encontrar,
Em meio a este deserto.

Este móveis entretanto,
Não podem suportar esta punição.
Pois te vejo, corro ao encontro.
Um vulto, apenas ilusão.
Desejo te tocar,
Ter-te em meus braços de afeto.

Ando pelos cantos.
Procurando meu coração.
Esta nas mãos de um estranho.
Tortura-me, com tua aparição,
Pois eu quero te amar,
E em Ti serei completo.










by Calado

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Ciclo do desejo




A verdade é que não lhe conheço.
Outra verdade é que tão somente desejo.

Reconheço, que me encanto e anseio.
Mas que também existe um enorme receio.

Talvez o destino que eu prevejo...
Não seja o que quero, ou que mereço.

Seria tão simples, roubar-lhe um beijo.
Criança, eu, agonizando, é o que vejo.

A verdade, é que não lhe conheço.
Outra verdade... É que... Tão somente desejo...

...E cobiço tudo de Ti que com os olhos vejo.
Anelando cada centímetro, deste teu corpo perfeito.

Talvez, deva valer a pena, pagar o preço...
Do contrato, do qual não sairei ileso.

Esperando por feridas, tão somente rastejo,
Chamo teu nome... E tão só me percebo.

A verdade é que... Não lhe conheço!
A outra verdade é que... Tão somente desejo!










by Calado




Mariposa em chamas




Importar-me com sentimento tal?
Sábio. louco, excêntrico talvez,
Serei enfim apenas mais um animal.
Que cede à natureza de viver.

Vem então esta repulsa infernal,
Contra esse podres seres, posso  ver,
Sua intenções formando um lamaçal,
De mentiras, sangue, decepções a se viver.

Sou um pobre inseto imortal,
Destinado a sofrer por todas, uma vez.
Pois desejo tornar esse amor, o mais banal,
Me livrar do carma, de meu ser.

Em volta deste fogo, em espiral,
Queimo as asas que o destino me fez.
Nestas chamas que possuem corpo escultural,
Procuro paz, na guerra à merecer.

Então, torno-me carvão afinal.
Apresso o destino, por todas uma vez.
Pois do fim, este sempre é o sinal...
Lágrimas, dor, rejeição... Não ser.












by Calado

domingo, 6 de janeiro de 2013

Falta de Ti




Não há um móvel aparente.
Nem se que uma impulso singular.
Apenas eu, e esta paixão a queimar,
Como calor de um dia ardente.

Não há um musa contente.
Ou se quer um donzela a esperar.
Apenas o coração a pulsar,
E um vazio profundo e atraente.

Não há uma batalha valente.
Ou até mesmo uma razão chega a faltar.
Para esta espada fortemente empunhar,
Apenas olhos descontentes.

Não há uma luz incandescente.
Ou uma tragédia para um "nós" encenar.
Nem mesmo uma morte por amar,
Vida sem amor tão somente.

Falta-me tudo, finalmente.
Falta-me amor, falta-me amar.
Falta-me um desejo, alguém para desejar.
Falta-me a falta de ti, isso somente.









by Calado

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Linhas frias




Sempre vazias. inquietas, frias.
Tão sedentas por um pouco de afeto.
Choro, peço, imploro...
Respondido em nada, é certo.

A chuva não estia, molha, invadia.
Esta sala de dor e ódio certo.
Amo, desejo, adoro...
Perco-me, o que não parece correto.

E em mais ou menos dia...
Esquecido? Um dia por completo.
O "euteamo" tão sonoro,
Perde-se neste mar de frio e concreto.

Sempre vazias, inquietas, frias.
Versos e estrofes que não existem ao certo.
Me debato, esperneio, choro...
Caio na mesmice e no desprezo gélido.

Alegria, dor, felicidade e agonia.
Coisas que me fazem o mais incompleto,
Bebendo em lugar de vinho, cloro,
Me aguardando então: O caixão aberto.

Ah! Como desejo me livrar da alergia,
Do mundo de surdos que guiam cegos.
Ajuda divina tão somente imploro,
Clamor de um guerreiro que morre no deserto.













by Calado

Ainda sim, digo-te adeus



Ainda sim, digo-te adeus.
Com mágoas de todos estes erros.
Os meus, os teus,
Entre tantas dores e medos.
Apenas uma flor a murchar.

Ainda sim, digo-te adeus.
Como que parte para o ermo.
Deixo-te então como queira Deus,
Vivo e morre neste ciclo de desterros.
Apenas uma flor a murchar.

Caio nesta espira de adeus,
Respiro, vivo, sinto.
Assombrado pelos pecados meus...
Morro, mato, minto.

Caio nesta penúria de adeus,
Te amo, te odeio, ressinto...
Todos os dias ao lado teu,
Que amo, que esqueço, que estão perdidos.










by Calado