Citações

- William Shakespeare

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Momento de Timidez

Naquele momento...
Eu tive medo!
De encontrar contentamento,
De que o meu momento,
O qual tão desejado,
Houvesse por Fortuna ter chegado.

Naquele momento...
Em que te vi a só,
Em minha mente criou-se um nó,
Pela beleza que contemplei.
Perfeito momento...
Se houvesse eu planejado,
Jamais teria por certo dado.

Naquele momento...
Eu fugi!
De teus olhos castanhos,
De teus curtos cabelos,
Não que não quisera tê-los,
Mas tive medo de amá-los.

Naquele momento...
Percebi em fim a paixão,
Como um doce contentamento.
Algo que pensava impossível,
Mas ao ver-te de forma tão sensível,
Como se estivesse a me esperar.



by Calado

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sentado a te esperar



Outro dia, outra espera.
Sonho de encontrar-te;
Por Deus, quem me dera,
Ao menos poder olhar-te.

Atrás da porta, guarda-te bela.
Desejo tua sublime arte,
Das tuas formas o contraste,
Com este mundo de feras.

Que anseios precedem a realização?
De ver-te, admirar-te. Emoção!
Como se sol explodisse em mim.

Como posso desejar tal beleza,
De teus curtos cabelos, teus olhos negros,
Adentro meus sonhos, minha ilusão!



by Calado

Aleatório



Vagando, assim sou encontrado.
Presente e ausente,
Como uma sombra de mim mesmo,
Assim sou encontrado...
Existo na inexistência.

Conhecido por muitos,
Desconhecido por todos.
Como uma foto que se apaga,
Um silêncio, um ser mudo...
Sou encontrado na ausência.

Aleatório, não sou encontrado.
Existo para mim,
E não sou para ninguém,
Sou amado e desprezado...
Pelo que sou, pelo que existo.

Pois morro e volto a viver,
Acordo e durmo,
Como se entre dois mundos,
Onde eu existo, onde posso ser...
Vagando entre as dimensões.

Pois não pertenço a lugar algum!
Nem ao menos existo aqui,
Também não poderei existir,
E tempo, espaço, em mundo algum...
Dormindo, jamais posso descansar.

Pois já fui e não fui.
Pois sou o que não sou.
Estou e não estou,
Existi e não existi.
Sou a sombra, sou o vácuo de mim.



by Calado

01 - 06 - 2011 / 20:36hs



Como que vinda da luz,
É assim que a vejo,
Enxergo...
De olhos fechados,
Como que ignora o tempo,
Sentindo este passar em meu ser.

Ofuscado, cego,
Sou eu, amante perdido.
Me nego...
Recuso de todo coração,
Beber o cálice da paixão,
Julgando loucura, isto parecer.

Entre um vazio e outro,
Em um corredor quase solitário,
Me pego...
Perdido em pensamentos,
Tão vazios quanto à saudade...
Que hoje... Habita meu peito.



by Calado

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Disco arranhado



Desfigurado,
Sem voz e beleza,
Encontro-me na tristeza,
No lixo, abandonado.

Antes era amado,
E em mim achavam beleza.
Hoje, desprezado,
Recebo desamor e frieza.

Mas assim é a Natureza,
Despreza o amado,
E adora o odiado,
Troca à alegria pela tristeza.

Sozinho, provando a frieza,
Eu, disco arranhado,
Hoje não mais amado,
Por quem em mim via beleza



by Calado

Paixão muda



Dor que não sinto...

Assim, é assim que me encontro.
Apaixonado... Desconhecido,
Existo sem ser visto...
Invisível, não encontrado.

Eu gostaria de pensar em ti!

E de talvez encontrar em mim,
Teu cheiro... Teu perfume,
Pois mesmo longe o sinto,
Como se estivesse ao seu lado.

Apenas... Lágrimas silenciosas,

As quais por ti não caíram,
Mas em si mesmas dolorosas.
Fazendo-me clamar por amor,
Por tua companhia calorosa.

Pois longo é o corredor...

E minha paixão se inflama,
Olhas-me, sorri, desaparece.
Em passos lentos me esquece,
Enquanto minha alma por ti clama.

Paixão oculta... Descoberta, mas muda.



by Calado

Verso



Este, que de meu inteirior sai,
Caminha pelo ar, procura-te,
Não desiste, cada vez mais,
Não te encontra e se desfaz.

Este, que como uma dor vai,
Sai de mim e adentra-me;
Se compaixão, vem destruir-me,
Escutar-me, tu vais?

Dedico de alma ferida,
Buscando somente teu sorriso,
Este que tem sido meu clamor.

Pois na tenho nesta vida,
A não ser este motivo,
Isto que amo, minha dor.



by Calado

domingo, 12 de junho de 2011

Destino poético

Um pouco de mim,
Tem morrido a cada palavra,
A cada letra que escrevo.

Como se a dor fosse a minhas mãos,
E não no meu condutor,
Meu coração, morrendo pouco a pouco.

Assim vou eu... Morrendo.
Lamentando o que me completa,
O frio e a noite, abandonando o dia.

Pois o que escrevo é minha alma,
O que se lê é meu coração,
E como procedo... Este é meu destino.



by Calado

Manhãs...



Manhãs... Frias, gélidas;
Como dores de abandono.
Causado por estas...
Filhas do homem, insanos.

Manhãs distantes, à parte,
Como esse teu olhar,
Capaz de despedaçar,
Corações, nós, homens de marte.

Manhãs... Solitárias...
Como de prisão,
Levando-me a devanear.

Manhãs... Apenas o amanhã,
Sabe as dores que me sobrevirão,
Será tudo apenas chorar?



by Calado

sábado, 11 de junho de 2011

Alma de Lua

Eu nasci ao contrário,
Meu astro regente é frio.
E não tem luz própria se quer.

Nasci regido por uma luz azul,
A qual mal ilumina o céu,
E me deixa escuro, encoberto em um véu.

Sou regido pela lua...
E sua frigida luz branda...
Que me traz a dor, e o amor espanta.


by Calado

Criatura Noturna

Ah! Esse ar noturno.
Assim como um doce sussurro,
Embala-me para doces sonhos.

Ah! Essa dor silenciosa,
Mata-me de uma forma amorosa,
Nos momentos antes de morrer.

Pois essa noite...
Pertence às coisas escuras,
De amores, crituras noturnas.

Pois hoje à noite...
Enfim, eu ei de morrer,
De amores por ti, mas jamais irás saber.



by Calado

Desejo rotineiro

Cansa-me desejar-te.
Ardentemente,
E de forma alguma,
Saber se me queres bem.

Pois a cada olhar,
Que temos trocado dia a dia.
Meu coração menino...
Enche-se de paixão por ti.

Cansa-me... Desejar,
A cada passo teu, abraçar,
Guarda-te em meus braços...
Suspirar de amor.

Cansa-me... Querer-te tão bem,
Não saberes quem sou,
De tudo que tenho desejado,
E apenas um estranho ser.


by Calado

Reencontrar-ne



Reencontro-me em reparos,
Em uma oficina que me cura,
E ao mesmo tempo machuca,
Desejando estar nos braços...
De alguém que me deseje.

Reencontro-me solitário,
Desejando a companhia tua.
Esperando por um momento favorável,
Para me aproximar da musa,
Farei meu coração se conter.

Reencontro-me...
E perco-me ao mesmo tempo.
Dentro e fora do mesmo,
Onde não o tempo vejo passar.

Reencontro-me...
Apenas para me perder...
Em dores de amor, sem me conter,
Sem esconder que quero te amar.


by Calado

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ao seu lado


Eu disse que estaria sempre ao seu lado.
Mas jamais fizeste o mesmo por mim.
Eu disse que seria teu eterno namorado,
Mas nunca vi você lutar por mim.

Eu disse que jamais erraria,
E cometi o pior de todos os erros.
Eu disse que jamais abandonaria,
Mas este era o fim do começo.

De todas as razões para um fim,
De tudo que encontro errado em mim,
Vejo que para ti o erro era eu.

De tudo que eu pude desejar,
Com todo meu coração que pude entregar,
No final, nem ao menos ouve adeus.



by Calado

terça-feira, 7 de junho de 2011

No corredor



Uma inevitável troca de olhar;
Que há entre nós.
Anelo-te, desejo te tocar,
Apenas um momento á sós.

Como mil relâmpagos e mim,
Arrepios, sensações.
Encarando a força das emoções.
Que encontro ao olhar pra Ti.

Como uma fada a me tocar,
Teu olhar forte e feroz.
Faz-me ansiar, desejar,
Que um dia exista um "nós".

Por que abalas tudo que há em mim,
Desejar ouvir nossos corações.
Então guardo em minha orações,
Que exista tal momento sem fim.



by Calado

Laços

Em tão pouco tempo,
Aprendemos a amar,
Criando laços, sentimentos.
Que hora indissolúveis,
Parecendo não terminar,
Imprevisíveis como o vento.

E em tão pouco tempo...
Expulso da vida de quem amou.
Fez-se dor a então felicidade.
E o indissolúvel?
Por fim este acabou,
Duvidando se era de verdade.

Mas não para o tempo!
E este nos traz novos laços.
Tão indissolúveis e eternos.
Embora reste o medo,
Da veracidade dos laços,
Pois nenhum laço se faz eterno.

Sem lágrimas...
Desejando anjos a sua volta,
Desejando um amor infinito.
Provando apenas laços infiéis,
Tão venosos como uma cobra...
Preferível é o vazio infinito!

by Calado

sábado, 4 de junho de 2011

Somos estranhos



Mal Sabemos quem somos,
E então...
Nos apaixonamos.

Amamos outrem,
Que não conhecemos...
E nos aproximamos.

E nesse desconhecimento,
Completa insensatez,
Assim no relacionamos.

Se nessa relação houver fruto,
Nascerá alguém...
Que jamais conheceremos.

Somos todos desconhecidos,
Nem melhores, nem piores,
Apenas não nos conhecemos.



by Calado

Escrever

Escrevo por que...
Nem sei mais, me fez esquecer!
Quem mais? A dor é claro.
Pois quem ama sofre,
Não reclama,
E aos poucos morre.

Escrevo por que...
Não há mais o que fazer.
Nem se quer a falar,
Pois "ele", cuidou de tudo.
Meu coração,
Iludido com o mundo.

Então, escrevo, pois é o que sou.
E nada mais pode explicar,
As coisas que tento expressar.
Coisas que ninguém quer escutar,
A verdade... A arte...
Que quebram a desilusão e a dor.



by Calado

Fora de mim



Eu um lugar vazio,

Ou em lugar nenhum...

Eu sou encontrado,

Fora de tempo,

E a cada hora.



Sozinho...

Rodeado por pessoas.

Mais um na multidão.

Respiro,

Falta ar em meu coração.



É um lugar vazio.

Lacuna eterna de paixão.

Respiro...

Entram as dores do mundo,

De paixões não realizadas.



Sozinho...

Rodeado por pessoas.

Mais um desiludido,

Dentro de minha concha solitária,

Da qual nunca irei sair.



Outro lugar vazio,

Ao qual eu tenho buscado.

Todo dia acordado,

De sonhos que nunca tive...

Desconhecidos como seu nome.



Sozinho...

Rodeado pelas minhas mágoas.

Tristezas ocultas do coração.

Respiro...

E mais uma vez eu morrerei!



Eu um lugar vazio...

Em lugar nenhum...

Eu mesmo não me encontro.

Fora de Ti...

Fora de mim...



by Calado