Citações

- William Shakespeare

domingo, 25 de setembro de 2011

Abominações


Encontro, mais felicidade
Em meu dias mais sofridos;
Julgando-os, com o coração partido,
Desfrutar o amor em verdade.


Nem benevolência ou maldade,
Apenas, doces sorrisos.
Talvez... falso, mas lindo,
Talvez, uma sábia crueldade.


Que mal, senhora a mim fizeste!
E agora sei bem quem és,
Diligente e doces palavras e más ações!


Virtudes? Te julgas celeste,
Impura na verdade o é,
Igual a todas as abominações.
  
  
  
by Calado

Barroco


Templo eterno e vazio em mim;
Barroco de abandono e solidão,
Meu profano e sagrado sem fim.


Contemplo tua arquitetura do coração;
Forma sem forma, dentro de mim;
Templo de tempos que não se contarão.


Foi-se minha fé, me vejo assim...
Espiral interminável, muitos não me encontrarão.
No templo que há no tempo dentro de mim.


Perdas e ganhos, luz e escuridão;
Me arrependo de perder-me à mim.
Meus olhos não me encontrarão.


Meu eterno vazio sem fim,
No dia em que as luzes se apagarão,
Meu sagrado será profano em fim!
  
  
  
by Calado

Parnaso particular



Vejo-te passar....
Parnaso diário.
Pelos olhos meus,
Como doce brisa de inverno,
Tão bela. Doce refrigério.

Teus lindos cabelos,
Olhos profundos e negros.
Tanto quanto o mar...
Por um momento, palpitar,
De meu coração emocionado.

Eu, tão distante.
De minha própria realidade.
Perco-me em teus olhos,
Breve momento,
Encantamento fugaz.

Não! Não à desejo...
Mas eu a aprecio!
Gostaria de dizer teu nome,
Nem este ao menos sei...
Histérico mistério a prolongar-se.

Não seguirei em frente
Nesta guerra perdida!
Apenas, te guardarei na memória.
Uma musa em meu parnaso particular,
Inspiração desta poesia.

   
   
by Calado

domingo, 18 de setembro de 2011

Braços abertos

  
Quando a noite cair,
E teu corpo sentir frio.
Eu estarei aqui...
De braços abertos.


Quando não houver luz,
E sentires profundo medo.
O puro amor que conduz...
Serei eu de braços abertos.


Mesmo agora na calmaria,
Jamais de Ti esqueço.
Doce desejada amada minha.


Por isso jamais me despeço,
E mesmo enquanto sofro,
Para ti tenho meus braços abertos.
   
   
   
by Calado

Sem identidade

    
Nem o puro negro do abismo...
Nem o divino branco da luz.
Sou um conflito eterno,
Ecoando de forma finita, passageira.


Noite e dia em mim,
Dividida está minha vida.
Meus corpo clama pelo sol,
E minha alma clama pela lua.


Sofro o mal que desejei;
Indeciso, entre meus dois mundos.
Desfrutando de calor e vida,
Ansiando o frio e a morte.


Nem sei mais quem sou...
Sem pombo ou se morcego.
Hora quero pão divino,
Hora sangue espesso e humano.
  
  
  
by Calado

Paixões e Guerras


Perde-se a guerra,
Morre a ideologia.
Vai-se a arma,
Permanece a agonia.

Enquanto o corpo morre...
Enquanto a dor ecoa...
Por um pouco ainda vivo.

Perde-se o medo,
Vai-se a felicidade.
O coração se parte,
Morre-se em segredo.

O momento de falar...
O momento de guardar...
Agoniza mais um coração apaixonado!
  
  
  
by Calado

Primavera

  
È primavera...
Mas não a de sempre;
Vejo flores sedentas...
...De sangue.
Meu sangue a escorrer,
E perder-se.


É primavera...
De morte e horrores;
Já não há contentamento...
...Só lamento!
Meu sangue, minhas lárgimas,
Perdem-se.


Primavera...
Voam os morcegos.
Estes devoraram as borboletas...
...Entre as quais eu me encontrava.
Meu dia... 
Meu amor... Miniha dor...
Tudo se perde!


   
    
 by Calado

sábado, 10 de setembro de 2011

Tercetos tristes e sublimes

   
Como é triste...
Não possuir um lar.
Um abraço, alguém para se amar.


Como é triste...
Sonhar com o coração partido,
Sentir o sabor do amor perdido.


Como é sublime...
A tristeza em prosa e verso,
Música, poesia movendo o universo.


Como é sublime...
A agonia do poeta, do compositor,
Conta e canta para a lua a perda de seu amor.


Como é triste... Como é sublime...
Toda a agonia e desilusão...
Virar música, poesia de amor e paixão!
   
   
   
by Calado



Testamento

    
Abdico, e renego toda regalia,
Que de humana forma...
De mim se apodere;
Longe de quaisquer desmerecimento
Pois na incompatibilidade...Eu...
Me encontro.

Reservar-me-ei... Solidão...
Esta do que romantismo desfruta,
Abusando de sensações mil...
De mil rostos femininos.

Para minhas filhas... Queridas e amadas!
Encontrem corações apaixonados.
Não os de cães e...
Cadelas no cio!
Mas os dos que a sonhar com o amor,
Guardam seus amados no peito!

Pois os antes elogios e caricias,
Tornaram-se gemidos obscenos.
Foi-se o romântico...
Prefere-se o amor imoral e lascivo.

Cada poeta escolhe seu destino.
Eu... Morrerei em minhas dores!
De corpo e alma feridos...
De vários corações partidos...
Golpe de seres bestiais do inferno,
Desferidos por anjos do céu.

Destituo-me de toda alegria,
Esquecendo-me da beleza da rosa;
Derramando o ultimo vazo de perfume,
Está me reservada a escuridão!

Testamento do que morre em vida....
Pois contemplei a morte.
A vós, cães, deixo minhas filhas...
E uma parte de mim!
Ou ao menos... o que de mim restou.
   
    
    
by Calado

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Meu ultimo plano


Eu tentei me ver sem você...
E não consegui.

Eu tentei te ver sem mim...
Apenas chorei.

E por mais que eu tente...
Não consigo não te querer.

Eu tentei ver a nós dois...
Um sorriso se abriu.

Eu tentei ser o melhor que pude...
Mas você não percebeu.

Vislumbrado pela beleza...
Esqueci de amar minha estrela.

Eu tentei esquecer você...
Mas não consegui.

Eu tentei viver sem ver você...
Mentiroso, isso não consegui.

E agora apenas tento e tento...
Ter você novamente junto a mim. 
    
   
   
by Calado

Ontem percebi...


Ontem...
Procurava por paixões platônicas,
Amores tão distantes...
...Tão distantes quanto às estrelas.
Estendi meus braços pequeninos...
E sofri!


Ontem...
Descobri que Platão havia morrido!
E o que era distante...
...Parecia-me tão fútil e banal.
Entendi que havia alguém ao meu lado...
Era você!


Percebi...
Que não era a lua que eu desejava,
Mas a estrelinha...
...Que refletia sua luz em meus olhos.
Então chorou meu coração...
Triste engano.


Percebi...
Que agora minha estrela se afasta,
Minha estrelinha...
...A quem tanto amo olhar nos olhos,
Então chora meu coração...
Com esta partida!


   
  
by Calado

Você mais uma vez


Ontem à noite me dei conta...
Que é em Ti que penso.
Que é teu abraço que quero.
Por quem espero,
Quem meu coração chama.

Percebi que é você...
Que me alegra com tuas brincadeiras,
Que me abraça para mostrar afeto.
Penso tem ti ao olhar para o teto.
Que meu telefone liga para você.

Trágico engano esse meu,
Agora a um triz de perder-te.
Vejo que desejo teus olhos nos meus,
Como no dia que me abraçasse,
Desejo agora que de mim se aproximasses...

...Mais uma vez.