Estes não me faltam,
Mais que as asas da noite
Que inúmeras e incompletas,
Alçar voo, Posso com estas.
De vergonha não me encho.
Ao contrário, só sofro,
Diferente dos mancos:
Tropeçar, escarnecer.
E encontro motivos mil,
Porém os meus, sempre tão vazios,
Náufragos da querida...
Perdidos, sempre à vagar.
E sofro, morro, choro.
Sem entendimento algum
Em um distante por vir.
Afogo-me em lágrimas.
E se choro... Querida!
Sódio que verti um dia,
Pela praga de outrora...
Hoje deixo aos teus pés.
Meu orgulho, tão ferido...
Meu coração partido...
Minha paz, esquecida...
Meu que é teu, perdi a linha.
by Calado
Nenhum comentário:
Postar um comentário