Citações

- William Shakespeare

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Poeta... Amante... Guerreiro!







Erguendo seus olhos para o céu,
Ele contempla mais um dia se findar.
Poucas moedas...
Caneta e papel.
Segue seu perpétuo caminhar,
Afiando a lâmina de seu coração,
Já ferida de outras batalhas...
Segue em frente!
Escudeiro? A solidão...
Carregando outras de suas armas:
Arco, lança, e um caderno velho.
Poucas folhas para escrever.
Sedento de tudo....
De tristeza e alegria,
Algumas emoções para viver...
Não! Não ouviu o conselho dos velhos.
E tão pouco seguiu  Sabedoria!
Se soubesse...
Se ao menos pudesse...
Voltar.
Poucas moedas...
Caneta e papel...
Visão e pulmões já cansados a fraquejar,
Nada para usar de broquel.
Apenas...
Apenas a lâmina de seu coração,
Forjada em batalhas perdidas...
E... Mantendo-a na bainha de seu peito,
Segue...
Olhando para o céu.
  
  
  
  
  
by Calado

Lira




Em teus braços de amor
Estaria eu, quem me dera.
Derrotaria quem todos supera,
Destino, de culpa e dor.
           Lira...
           Só para ter seu amor.


Apreciando de teu beijo o sabor.
Viveria mitologias e eras;
Suportando a mais triste espera.
Para de teu corpo sentir o calor.
           Lira...
           Dá me teu amor.


Que por cada pecado, eu sofra dor.
Ainda feliz estaria, e contigo eu vivera...
De amores, sonhos de quimeras,
Veria o mundo com mais cor.
           Lira...
           Dá me teu amor.


Se soubesse de meu árduo labor,
Vigiar-te, seguir-te, estás à espera.
Ver com meus olhos doce minerva,
Regozijar-me até sentir dor.
          Lira...
          Dá me teu amor.


Não tomes por isto pavor...
Escuta! O que em amor te dissera.
Que... Minh'alma por ti anela,
Unir-me a ti. Um de dois em amor.
          Lira...
          Dá-me tão somente amor.


Ainda que sejam estes, versos sem cor,
Será a falta de minha iris benévola.
Decadente... Em sofrimento e miséria,
Assim serei, sem minha linda flor.
          Lira... Lira!
          Dá-me teu amor...


Musa! Exclamo com todo meu vigor,
Grita meu coração à tua espera.
Linda, intocada pérola...
Jamais perderás teu valor.
          Lira minha...
          Há de dar-me teu amor?
  
  
   
  
by Calado

domingo, 29 de janeiro de 2012

Iludido e conformado



"Calma!" - Diz Amor.
Paixão, nervosa e exaltada,
Irrita-se, sente-se abandonada...
A ponto de sentir dor.


Amor, guardou-se do furor.
Senta, espera a amada.
Olha Paixão - pensa: "Coitada!",
Vendo agonia - suspira o Amor.


De lado, para outro... Temor.
Ela está desesperada!
Teme ser mal amada,
Abre a porta, sai correndo, inquieta dor.


Amor sente dor...
Viu Paixão partir alucinada.
Teme o mal. que seja maltratada,
Mundo... sem escrúpulos, desamor.


"Adão", vê Paixão... Chama-lhe: "amor?"
Desesperada, ela por amor se passa.
Vendo esta cena, a Alma de amor fica gelada!
Lágrimas de um triste verbo.


Prefere-se da paixão a dor...
Engano! Vidas equivocadas,
Sentimentos, confundidos por nada.
Pobre... E banal, tornaram o amo!




by Calado

Odisseia nas páginas


  


Minha odisseia não é forjada,
Sim, criada, na alma, no âmago...
Do coração...
Em mil emoções inspirada,
Adentrando templos escondidos...
Deste alegre ou triste e ferido,
Coração, que isto agora lê.
Amigo...
Peço. Viaje comigo!
Vamos... Critiquemos os Andrades da vida.
Naufraguemos e barcos de Vaz.
Nos refletir em Dos anjos.
Em William... Apaixonemo-nos,
E morramos...
Ponhamos fim à nossa tragédia;
Entrando no olimpo de versos e prosas.
Sejamos heróis...
Sejamos demônios...
Minotauros, donzelas, senhores...
De todo nosso próprio universo,
Girando ao som de um noturno inverso...
Em pianos de imaginação.
Já minha não é esta saga,
Pertence a Ti...
A todos,
Que agora, navegando nas páginas da vida,
Sobre um barco de informações,
Em um mar de bytes agitados...
Onde todos, são poeta, escritor.
De tristezas e alegrias, consumidores...
A devorar conto, poesia, jornais.
Ansiando por conhecimento,
Que a alma possa exprimir.
Agora, faz-se tarde!
Chega hora de dormir...
Amanhã... Leremos mais!
  
  
  
  
by Calado

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Adolescência








Realmente, surpreende-me...
Este senhor chamado tempo não nos separou!
Graças a isso, algo muito mais especial...
Integro e real se tornou.
Nem mesmo a distância física o pode fazer.
Assim... Crescemos juntos.
Mesmo estando separados,
Estivemo lado a lado.
Lembrando de nossos dias...
Onde amor e amizade nos era confiado!
  
  
  
  
by Calado

Intangível






Tocando tua intocável mão...
Fito teus olhos de luz,
Sonhando...
Com carinhos em seios de ar.
Beijos!
Em lábios neblinosos.
Mulher... Menina...
Em um abraço, falso abraço.
Na falta de um toque, pobre,
Dos que desejam o mel.
Que mel?
Que tocar?
Se não há o que quero.
Olhar, o que não está presente.
Apenas na mente,
Deito-me em teu colo,
De sonhos.... De imaginação.
Toco o que não toco.
Quero...
Quem, melhor, aquilo que não se pode querer.
Carícias apaixonadas,
Sentimentos a aflorar,
Alguém que não se pode tocar.
  
  
  
  
by Calado

Como uma brisa







Bom... Não há muito o que falar sobre...
Repentinamente, invadindo meu coração.
Isso é tão estranho, emoção, será real?
Será? Delírio... Mal te conheço.
Ainda assim, carinho te ofereço.
Com alma... Coração...
Algo que não se pode desperdiçar,
Logo, quem me dera te encontrar.
Abraço apertado ofertar-te,
Dar o que a ti prometi,
Ousando entregar o carinho que tenho por ti.
  



by Calado

Dedicatória



Estando ansioso a te encontrar,
Meus olhos refletem este céu glorioso.
Ainda que tímido em palavras,
Nada me separa deste sentimento.
Uma incerteza convicta...
Entrelaçada com um medo agradável.
Lentamente... Perco-me em teu carinho.
Lentamente... Esqueço-me de estar sozinho.
Yes, I can't forget your love little girl.
  
  
  
by Calado

O relógio




E um minuto... Fez toda diferença.
Naqueles tempos de valentia,
Rosas, cartas, carícias,
Presente, mesmo na ausência.

Tempo, tempo, que exigência,
Por ti, esqueci mim, apenas vivia...
Para teu deleite, alegria,
Estar alegre ou triste, não fazia diferença.

Um minimo mover de ponteiro,
Um doce adeus a ecoar,
Uma lágrima solitária a cair.

Vê-se, meu olhos em pranto, chorar...
De tristeza de ver-te partir,
Tempo, fez destino traiçoeiro.
  
  
  

by Calado

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Primeira poesia


  
  

Morre um amor...
Nasce um poeta;
Como tantos, sem vida, sem meta.
Ou, mais um sortudo,
Vivendo da beleza do mundo...
Na sutileza de uma dor.
  
Nasce um poeta!
Algo que jamais se saberia,
A primeira... Das suas poesias;
Escrita para a amada sua,
Ou, para qualquer outra musa;
Não se afirma ou se nega.

Jamais se saberia..
O que lhe viria motivar,
Talvez, doce-amargo prantear.
A alegria de seu eterno amor,
Encontrada, em botão, linda flor.
Sem palavras... Assim ele a descreveria.
  
  
  
  
  
by Calado

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ultima poesia




Esta é a ultima...
De tantas outras escritas,
Várias, várias coisas vividas...
Do que veio,
Do que está por vir,
Mas é a ultima para ti.

Poucas palavras,
Rapidamente reunidas.
Tímidas, simples e entristecidas.
Tu, não veio...
Eu chorei por ti...
Realmente, a ultima para mim.

Não do ano,
Talvez nem da vida,
Talvez outra seja escrita.
Por outra mão - desejo,
Que outras possam existir.
Verdade... Ultima esta... e fim.

Foi-se a hora!
Agora realmente perdida,
Em breve: ...esquecida...
Sem apelo...
Sem chorar ou sorrir...
Sim, a ultima poesia escrita para ti.
   
   
  
  

by Calado

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Menino guerreiro




Certa vez, menino.
Fez-se guerreiro ainda cedo,
Traspassando o coração do medo,
Resolve...
Enfrentar... Duelar... 
Golpear severamente o coração da vida.
Feridos,
Seus sonhos partidos tornar-se-ão sua armas!
Amor, família, amigos...
Quão cruel é a vida...
Hoje, amanhã, sempre...
Certa vez... Menino...
Torna-se guerreiro, franzino.
Amante, vagante, perdido...
Entre tantas dúvidas...
Afirmações...
Menino!
Morto!
Em tanto campos de guerra,
Tantos lugares nesta terra,
Ou em apenas uma vida normal...
Fome, morte, miséria...
Cenários tristes,
Ruínas...
Apenas sangue e pedras.
Teatro mesquinho,
Onde essa história se repete sem parar!
  
  
  
  
by Calado

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Entrelinhas




Por entre os pingos de chuva a cair,
Por entre cada lágrima que verti.
Por entre cada palavra proferida,
Por entre cada gota de sangue derramada.

Por entre teus olhares no corredor,
Por entre os sorridos bobos de amor.
Por entre cada erro cometido,
Por entre cada atitude desesperada.

Estava lá! Aquilo que nos une...
Que persegue, agrade e ilude.
Que nos faz bem e nos causa dor.

Esteve lá! Por entre cada coisa que citei,
Nos presentes, e n'aquilo que também não dei...
Estava, esteve, e era amor.




by Calado

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A estação



Carinhos....
Perdidos, dispersos, aleatórios;
Ente vários dentro desta estação,
Emoção, comoção, afeição...
Tudo sendo mostrado ao mesmo tempo,
No relógio olha-se o tempo
Da partida.
Adeus amado... Adeus querida...
Uma hora que nunca chega,
Mas, também não se deseja.
Abraços, laços, acenos desesperados,
Em meio a tanta confusão,
Tanta guerra, onde se enterra
A dor e mágoa de outrora.
E mais uma vez, o olhar,
Na hora...
Tempo, tempo, tempo...
Que perde-se e não volta,
Este também aqui me solta,
Abandona, acompanhado, outro condenado,
A vagar por esta pequena estação.
Vai partir o trem...
Alguém mais vem?
Pois sei que muitos estão vindo!
Alguns tão esperados, queridos,
Outros serão abandonados, esquecidos,
Alimentando a multidão de miseráveis...
Pergunto-me: "Onde foi nosso amor?"
Será que o ultimo trem pegou?
Um de nós guardou?
Ou caiu de nossa mãos... Estação.
Outra olhada no relógio...
Uns ficaram.... Outros partiram...
Uns chegaram, outros jamais virão!
Volto... A este conflito:
Herói - Vilão
Bondoso, maldoso,
Cruel, fiel,
Esperando quando virá o próximo trem.
   
   
   
  
   
  
by Calado

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sentimento de espera


Eu esperava um toque,
Doce, carinho de verão,
Carinho, amor, paixão;
Devaneio, sabor agridoce.

Um doce sofrimento;
Alegre, triste, feroz,
Pensando em um nós...
Um contente descontentamento.

Como uma melodia...
Algo a encantar meu coração;
Uma paz, alegria, forte emoção,
Algo para apagar esta agonia.

Agonia... De solidão cruel!
Que viesse depressa, veloz,
Que tu me quisesse, a sós,
Que todo sabor fosse mel.

Eu esperei o teu toque!
Alegre, paciente, cheio de paixão.
Mas, companheira me foi a solidão,
Da lembrança de algo que não houve!
    
   
   
  
by Calado

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O último suspiro



Liberdade que hoje me abandona,
De mim não se aparte!
Ao menos me ampare contra este mundo mau.
Eu só queria estar ao seu lado...
Erro? Culpa? Pecado?
Assim agora nomeiam amar?
O que de bom em vós...
Sois melhor do que o "nós",
Sublime dom da paixão!
Se entre nós há amor,
Por que julgar pelo pudor,
De uma sociedade hipócrita,
Que durante toda a história...
Só se empenha em fazer mal!
Basta...
Pois não sou capaz... De amar...
Não mais!
Este lugar em fim é o real,
Então corro, pois aqui hoje sou anormal.
Abominação...
Pecado...
Já nem sei quem sou... O que faço!
Eu odeio amá-lo!

   
   
   
   
by Calado


Inspirado no testo "O último suspiro" de Brysa Calado

Arranha-céus


Eu acordei em meio a esta selva,
Cercado por todos os lados,
Emboscado,
Do momento em que nasci.
Preso em meio a estas trevas.

Amando o cheiro da chuva,
Para consolar esta prisão.
Aflição...
Do momento em que nasci,
Neste jardim de concreto.

Olhando para um céu cinzento,
Cercado por arranha-céus.
Mais um réu!
De crimes que não cometi,
Mundo criminoso e avarento.
  
  
  
  
by Calado