Citações

- William Shakespeare

domingo, 30 de outubro de 2011

Novidade já vivida


Coloquei-me a pensar,
Sobre esta dor a me consumir.
Esta paixão, fúria em mim,
Sobre tudo que posso desejar.

Em lágrimas a desabar,
Correndo meu rosto, sorrir,
Enquanto sinto este mundo ruir,
Pela falta de amor, um doce abraçar.

Pensamentos querem me matar,
Fazem-me pensar em Ti,
Distanciam-me cada vez mais de mim,
Da razão que um dia pude usar.

Coloquei-me a pensar...
E assim, eu nada consegui.
Apenas triste me senti...
Com teu ser em mim a ecoar.

Abismo levando à abismo sem findar...
No espelho, não me reconheci.
Apenas a lembrança que não tenho de Ti,
Tira-me o sono e leva-me a sonhar.
    
    
    
    
by Calado

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ilusão poética

   
Quando você se foi,
Pouca coisa de mim sobrou.
Apenas pedaços do que fomos nós...
Meros restos mortais,
De coisas que nem existem mais,
Tudo que um dia importou.


Eu, chorei, mas ninguém viu!
E mesmo sabendo disto,
Você partiu...
O coração que lhe amava,
E disse que não mais voltava.


E naquele triste e eterno adeus...
Que fiquei a chorar,
Nada mais podia desejar...
Se não ter de volta o amor teu.


Mas, agora resta apenas passado...
Algumas lembranças, coisas boas, mal bocado,
De tudo que um dia se viveu.


E hoje nada é... Não era para ser.
Insistimos, fracassamos, egoísmo do ser.


Ainda bem... Que nada disso ainda aconteceu!




   
   
   
   
by Calado





Branca de Neve


Aproximar-me... Eu tento!
Mas ora! Quão distante tu és.
Em conhecer-te me emprenho,
Envolvo-me, quão misteriosa és!

Sei apenas... De tua beleza,
Teus lábios lindos e rubros,
Tua pele, alva, branca, por natureza.
A mim... Visão mais lindo do mundo.

Teus olhos, prendem-me, atento...
Estou eu para este ser que a mim, és,
Se distancio-me ou aproximo-me, não compreendo,
O desejo de estar perto.

Como um conto de fadas, tua sutileza,
Lembra-me a branca de neve dos sonhos.
Tua timidez, tua atitude, fazem de Ti princesa,
Quero guardar-te como menina de meus olhos.
    
   
   
  
by Calado

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Á primeira vista

   
   

Dois olhares a se encontrar,
Afinal, uma afinidade fatal!
Atração inexplicável.
Discretos sinais, aos poucos emitidos,
Dois corpos em uma dança distante.
Fingir-se não ser percebido,
Em uma distante proximidade.
Totalmente aceitável...
Idealiza-se, um ser inigualável.
Pequenos gestos... A perder-se no ar,
Mãos, corpos, lábios,
Todos desejando se tocar.
Ballet magnifico...
Um tanto quanto proibido,
Mas... Em verdade não o é!
Um superficial... Infinito,
Amor fazendo-se paradoxal.
Nem se quer uma palavra.
Dois tímidos seres a se olhar,
Cada qual em seu universo...
Inverno, que a noite vem trazer;
Dormir? Não consigo mais!
Teu rosto vem-me a mente,
Em um breve “para sempre”,
Mil anos em um dia...
Á primeira vista.

  
 
  
  
by Calado

Catarse

  
 
Expurguei-me de medos e temores.
Do que se passou, do ainda não vivi,
E de coisas que não virão a existir;
Meu coração se abala, terremotos, tremores.

Pude ver-me em meio a horrores;
De dores que outrora senti.
Então, percebi, em fim...
Não sou capaz de perdoar traidores.

Pude ver-me, em meio a ações e reações.
Verbos que nunca ousei falar,
Pessoas, vidas, coisas que nunca irei amar,
E este é apenas um de meus corações.

Em meio a amores e desilusões...
Todos nós estamos a suspirar.
E tão sublimemente a ansiar,
Por qualquer coisa para completar nossos corações.

No fim... Se quer conseguimos aceitar,
Nossa condição nesta realidade.
Vivendo de hipocrisia, artificialidade,
Preciso desta fantasia para me libertar.
  
  
  
  
by Calado

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sujeito Oculto



No movimento dos astros,
No simples e lindo brilho das estrelas.
Contemplo eu... Todas...
Tão belas, ao mesmo tempo.
Nas fazes da lua...
Em seu brilho frio e acolhedor.
Eu as vejo!
Pelas lentes de meu coração.
Dormindo...
De olhos fechados...
Mesmo assim, acordado.
Eu as vejo, e as amo!
Um amor transcedental;
Impossível, surreal,
Gravuras belas entre as nuvens.
Eu as vejo...
Como queria que todos os meus irmãos,
As vissem como eu!
Mas então... Elas não me vêem!
Se quer minha existência percebem,
Impossível! Surreal!
Isto é o que sou...
Não perceptível aos sentidos.
Quem me dera ser encontrado,
Perdido como estou...
Em minha mente.
No infinito universo dentro de mim,
No movimento de meus astros,
Eu as vejo, mas...
Elas não podem ver quem sou eu!




by Calado

domingo, 16 de outubro de 2011

Sentir-te só



Tenho me sentido só...
Em busca de algo, alguém, um razão.


Tenho me sentido só...
Entre milhares de estrelas, planetas, estão galáxia.


Estar se sentindo só,
Com seu grito ecoando pelo universo.


Não sei se é a melhor comparação,
Parece-me um pouco... Algum tipo de inferno.


E se sentir só...
Apenas um pouco solitário, não se está em verdade.


Tenho me sentido só...
Talvez, sentindo falta de mim mesmo.


Estas se sentindo só...
Não é uma carência, na verdade é um vazio.


Sentir-se só...
É mais do que necessário, para um dia se encontrar algo.


Tenho me sentido só...
Uma solidão solitária, infinita que pode um dia acabar.








by Calado

Encontro



Uma aparição...
Oh! Sublime dor de amar.
Das visões mais belas,
Entre todas que vi,
Não!
De todas que podem existir;
A mais bela hoje pude contemplar.

Um, simples sorriso...
Tão somente coloquei-me a esperar.
Pois dentre as estrelas, ela,
Brilhava de forma intensa.
Sim...
O universo revelou-se a mim,
Como mulher, teu nome desejo saber.

Um momento...
Tão somente puder esperar.
Palavras que nunca consegui dizer,
Em meio as emoções que senti.
Dor...
Causada pela paixão encontrada,
Em conflito com a razão que a em mim.




by Calado

Esta paixão



Paixão...
Umas que vem, outras... Que se vão.
Algumas, permanecem no "não";
Dilema este, maldita ambição.

Paixão...
Parece sentimento, na verdade... É emoção.
Esta se vai, deixando-nos no vão,
E a agonia fica, solidão.

Coração...
Quem me dera controlar a paixão!
Jamais haveria cantado aquela canção,
Meu coração, estes pedaços pelo chão.

Paixão...
Umas que vem, outras... Que não!
Encontrar em teu olhar, linda emoção,
E assim me encontrar, a surrealizar esta paixão.




by Calado

sábado, 15 de outubro de 2011

Crônicas do Paladino Negro


De fronte para os restos de meu lar,
Lágrimas e dor assolam minha mente.
Perseguido por meus fantasmas...
Não sinto ódio, amor... Frio, tão somente.
Busco em mim, uma razão para lutar.

Manchado pelo passado de amar,
Tristeza e agonia, sinto-me dormente.
De algo que outrora fui...
Agora machado pelas trevas... Insistente,
Essa escuridão que em mim vem habitar.

Não me resta nada para chorar...
Apenas o ódio em meu coração ardente!
Destruição é o que virá em seguida...
A partida de um amor latente,
A fúria de um guerreiro a se despertar.

De fronte a tudo por se enfrentar.
São de corpo, alma, coração e mente...
Nada ficará em meu caminho!
Julgarei pela minha espada, seguirei em frente,
O futuro ainda está por começar.

Uma vingança implacável está para começar!
A sedenta por sangue a sua frente...
Que o trema então o mundo!
Nada ficará em pé, e finalmente,
O coração envolto por trevas irá descansar.




by Calado

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sonata de Avalon


I

Insistentemente dentro de mim,
O desejo de encontrar meu lar.
Anseio eterno de minha'lma,
Coisa esta, da qual jamais pude me esquivar.

No ponto cardeal errado, assim vivi;
Rodeado por muitos, e nunca me encontrar.
Houveram dias terriveis, sem paz ou calma.
Como se jamais pudesse eu me acostumar.

Lutando para que aceitassem a mim;
Sem fim, inutil fez-se por isso lutar.
Descubro, que de meu lugar longe eu estava!
E mudando, apenas me afastava, esperando chegar.

Vislumbro...  A terra prometida para mim;
Ainda que, breve, pude eu então palpar,
Afinidades, coincidencias da alma,
Avalon, de ti jamais quero me apartar.

Agora, farto destes hipócritas sem fim;
De sua falta de vida, extintos animais a vagar,
Alegro-me, pois encontrei o que me falta,
Coisas que jamais terão! E não podereis comprar!

Avalon.... Agora me entrego a ti!
Estes insensiveis e imorais irei abandonar;
Regozijarei, dar-te-ei minh'alma,
A ponto de nunca mais a este retornar.


II

Ai de mim...
Sempre tão perdido;
Em meio a este mar.

Partir, em fim...
E só que me faz sentido,
Jamais irei voltar.

De vós...
Um ódio desprezivel,
Nem mereceis provar.

Pois nada houve em fim...
Amor ou parecido,
Corações de pedra.

E agora me servi...
Por meus pròprios sentidos,
Pobres coraçôes a putrefar.


III


Então, enfim, posso contemplar;
A beleza de seus mistérios.
Minha morada, meu império,
Aquilo que sempre estive a procurar.


Oh! Quão alegre posso sondar,
Tudo que hoje mais quero.
Viajar por todos os teus hemisférios,
Local este, que posso chamar de... lar.


Avalon! Se sonho, não quero acordar!
De meu coração ferido me liberto...
Para as paixões e amores que me esperam.
Tudo que um dia, apenas pude desejar.


Agora em tuas ruas a caminhar...
Os demônios que me rodeavam, ver não espero.
Da falta de paixão e sensibilidade que me cercava, me liberto,
Patético mundo de animais, Adeus, Bem aventurado irei vos deixar!




by Calado

sábado, 8 de outubro de 2011

Amor do Olimpo


Cupido... Menino brincalhão.
Resolve descer do Olimpo,
Sem encontrar o que fazer,
Resolve flexar um coração.


Vejo, tremenda confusão.
Os pobres mortais da terra,
Pensando Amor ter conhecido,
Caem loucos em paixão.


Cupido, ainda não satisfeito,
Resolve seu feito aumentar.
E como se não fosse bastar,
A todos ele acerta o peito.


Agora nada é mais direito.
Todos estão a se apaixonar,
Na solidão a procurar,
Um amor para colocar no peito.


Cupido, ve-se então arrependido.
Vendo tanta dor sobre a terra,
De paixões uma imensa guerra,
De milhares de corações desiludidos.

Então vê, que nada será ao normal devolvido.
De solidões e amores um ciclo começa,
Que termine este, ninguém espera,
Esse é o amor criado pelo Cupido.
   
   
   
   
by Calado



Solitário


Eu sempre estive um pouco só.
Não que eu viesse a reclamar.
Apenas gostaria de desatar o nó.
Que em meu coração está a se formar.


Sempre refletindo, olhando o por do sol,
A vida de um dia a se discipar.
Isso alivia e cura este "eu só",
Mas jamais completa o que estou a procurar.


Triste desfecho de uma vida,
Que em busca de amor vivera.
E talvez nunca realmente tenha encontrado.


Esperando os olhos de sua querida,
Persiste em sua triste e doce espera.
De completar seu coração apaixonado.
   
   
   
by Calado

Amor de verão

Amores de verão...
Vem... Tão cedo vão.
Apenas restou a tristeza,
E uma chuva fina em meio ao calor.
Amores de verão...
Serão sempre o que são,
Assim como sempre será,
A estação do calor.
Trazendo aquele abundante,
Amor abrasador.
Que um dia tods nós...
Digo isso sem excessão,
Um dia curou e fez feliz,
Mas também partiu e quebrou,
Esse ser com vontade própria...
Misterioso e profundo coração.
Que sempre tornará a sofrer dores...
Causadas por amores de verão.
Embora...
Todos nós precisamos,
Ou iremos precisar.
De um breve...
Doce...
Forte e alegre amor de verão.
   
    
   
by Calado

A mosca



Deixa-me em paz!
Ao menos, permita-me o sono.
"Zumbido" infernal em meu quarto.


Deixa-me ler, digo eu;
"Zumbido" como resposta.
Quebrada está a santidade de minha noite.


Deixa-me... Deixa-me...
Segue teu rumo, sigo o meu,
"Zumbido", "zumbido", insónia forçada.


Caça, um reflexo...
Está morta a causa do tormento.
Livro, sono, tudo se foi com o "zumbido".


As vezes pensamentos...
...As vezes pesadelos.
...Já é manhã, necessito ir trabalhar...


   
   
by Calado

Suspiros


Ah! Essa guerra de amar.
Traz-nos dores infinitas,
Paixões platônicas, Malditas,
E homem algum, jamais pode evitar.


Ah! Esse brilho em meu olhar.
Não espelha toda minha vida,
Alegrias, tristezas, chegadas e partidas,
Das quais eu jamais pude me esquivar.


Ah! Quão diligente és no sofrimento!
Tú, menino acima de nós.
Faz-nos tristes e só,
Prende-nos em um grilhão de lamento.


Tento resgatar em mim o sonhar;
Meu olhar romântico para a vida.
E mesmo com esta podre e corrompida,
Não perderei o brilho em meu olhar.


Ah! Esse menino a brincar...
Jogos tão cruéis, nem avisa,
Apenas lança os dados, quão sofrida,
A roleta da vida a girar.


Ah! Pobre de mim, sem contentamento.
Desejo apenas um breve por-do-sol,
Um momento de pensar em nós,
Lembrar teu sorriso quebrando meu lamento.





 by Calado

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A Bela e a Fera



Quão belo era teu rosto,
Adorado por todos.
E não és capaz de ver,
O quanto desfigurado está!


Quão belas eram tuas palavras,
Por todos tão aclamadas.
Mas nãos és capaz de dizer,
O quão errada tu estava.


Veja agora...  Quem o diria,
A bela tornando-se fera um dia,
Talvez para nunca mais voltar.


Veja agora... Que foste tu um dia,
Gozavas de amor e alegria,
Hoje de podridão e tristeza a se deleitar.






 by Calado

sábado, 1 de outubro de 2011

Castelo de areia

Há uma hora,
Em que o laço mais forte,
Pode em fim se quebrar.


E o que fazer agora?
Quando seu mundo foge,
E tudo parece desmoronar.


Desespero em má hora,
E tudo que se descobre,
São coisas fúteis, pérolas a se quebrar.


Então você descobre,
O que era areia ao vento.
O que realmente pode durar.


Há uma hora...
Onde o que parecia sentimento,
Era mentira, castelo de areia a desmoronar.
  
  
  
by Calado

Psiquê


  
Eu sou...
Apenas fruto de vossa opinião! 
Pois quem sou, nunca saberão,
É apenas segredo meu.

Eu sou...
Coisas que nunca mudarão,
Elas apenas se redefinirão...
O mesmo será com o seu.

Eu sou...
Talvez o maior medo meu,
Talvez, o maior medo seu...
Seja se aproximar do meu, do seu coração.

Eu sou...
Um deus em um corpo ateu.
Restringindo os limites meus,
Me ajoelho em oração.

Eu sou...
Apenas um leve solidão,
Tu és um vulto na escuridão,
Coisas que nunca irão se tocar.
  
  
  
by Calado

Face a face



Foram-se, os dias em que em ti eu via;
A beleza, o desejo, amor...
Um pouco de dor e alegria.


Foram-se as horas em que te seguia,
Ficou apenas um pouco de dor.
Da perda, da solidão, triste agonia.


Hoje apenas mera lembrança sentia,
De tudo que um dia foi amor.
Se procurasses hoje não mais encontraria.


Agora me resta apenas um pouco de dor,
E essa pensei que não encontraria.
Perdeste tua beleza de flor.

Buscas-te então outro amor,

Bem sabia que a ti mesma desonrarias,
E tuas verdades não passariam de um mentiroso rumor.


Apesar do mais vivido, voltei a minha eterna dor.
Minha doce noite e adorada agonia.
Minha tristeza a me fazer desejar meu amor.



by Calado

Soneto para lembrar

  
Quanta coisa ficou para tráz,
Neste longo caminho de minha vida.
Guardei, perdi, abandonei coisas queridas;
Coisas estas, não voltarão jamais.


Então, me invade esta saudade voraz,
Lembrando de algumas das várias partidas.
Chorei, sorri, triteszas e alegrias vividas,
Estou faminto, sedendo por sentir mais!


Estou preso neste imenso caiz,
Vendo meu barquinho aderiva.
Sem amor, sem dor, sem rumo.


Estou em busca de uma certa paz,
No passado da minha vida,
Buscando amor no desamor do mundo.



by Calado