Citações
"Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre |
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
Rente ao chão
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Ciclo das Seis existências
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Amor de menino
Deixa eu te amar...
Só mais um pouquinho.
Que o tempo é curto,
E sou como menino.
Estou ansioso, feliz,
Quero um doce: carinho!
Quero pular de alegria!
Quero sentar, quero colinho;
Deixa, vai! Só um pouco.
Olhe em meus olhinhos.
Veja o peito que forte bate.
Sinta o meu coraçãozinho.
Veja! Veja! Sou um menino!
Nem pareço perto estar dos trinta.
por Francisco Calado
sábado, 15 de novembro de 2014
100 sentidos
Eu não vejo sentido.
Somente a falta deste!
E vejo, que muitos
não tem sentido.
Não...
Sim... Sentido,
Mas não tem sentido.
Então...
Não tem sentido.
E não tem sentido,
Que não tem sentido.
Sim...
Vejo agora,
Que não tem sentido,
pois sem sentido,
tenho sentido...
que falta sentido.
Vem faltando sentido
ao sentido.
por Francisco Calado
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Desejo e Necessidade
Quão cheio de luzes eu era.
Tirado me foi tudo...
Até a ultima quimera,
Levou de mim o mundo.
Como se em terra santa,
No cume de meu sinai...
Tentar-me veio satanás,
E ao inferno a mim lança.
Perco outro ciclo no vão.
Vejo partir Beatriz.
Estrada do não? Não!
Euridice, coube a ti,
O desfecho sem perdão.
Pedra, tropeçar, cair.
por Francisco Calado
domingo, 9 de novembro de 2014
Queda na falésia do contato
Decrepitamento acometido
Por uma erosão geo-epidérmica,
Que purula vulcanicamente
Por estas tubulações sanguíneas.
Vi, vivo e vestindo a tudo isto,
Mais uma quimera sintética
Que mata e sufoca minha mente,
Que é apenas um número da lista.
E pelos cabos óticos eu vou!
Sem a celulose pálida gentil.
Perco-me em vocais pregas à falar.
E pedra à pedra à me despedaçar...
Outra queda de um propósito anil.
Ignorante fico, sábio vou.
por Francisco Calado
sábado, 25 de outubro de 2014
Mergulho do lunático
Oh! Luzes... Ora! Se apaguem.
Bela d'alva no céu reluz.
Precipito-me de minha cruz,
Que de, um arranhão, se ergue.
Estou à beira da maldade
Sob o luminar escuro.
Pois, foi-se brilho divino...
Vejo as casas brilharem!
Precipita-te, coração!
Não exite aqui, o teu exultar.
Este nobre e vil estímulo.
Contempla a manifestação
Do gélido e sombrio lumiar..
Adentre a noite sozinho.
por Francisco Calado
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Erosão
sábado, 18 de outubro de 2014
Resquícios dos Eu´s
Estou vazio... e cheio!
Cheio, de tudo ao redor.
Sem pena... sem ter dó.
Aparto-me do meio,
Misturo-me com o pó!
E na medida em cheio,
Sou um ser imperfeito!
Tão amado e tão só.
E os alemães amigos
Meus, assim concordam,
Em amar, não amar, em si...
Contradição sem fim.
A mente ou o coração?
Me sinto perdido.
por Francisco Calado
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
No dia que eu sumir
Será, que de mim lembrarão?
Será que estranharão...
A ausência de minha silhueta?
Sim! No dia que eu sumir,
Vós ruas tão cotidianas
Sentirão a falta destes pés?
Perguntará sobre o peso
Deste corpo, tão cansado?
Serei uma ausência lembrada?
Ou o vácuo do que foi um dia vida?
Odiada, querida e já nem importa.
Pois, a funebre dama, agora me conforta.
Amadas e distraídas,
Sofrendo as leis do tempo.
Tão imortais...
Imorais...
Para mim não tereis tempo,
De um breve pensar?
Haverá luto,
No dia em que eu partir?
Oh! Meus amigos e amados inimigos.
Deixai um funebre bilhete,
No que um dia foi a parede,
Do quarto onde habitei.
por Francisco Calado
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Presente ausente
Memória da memória do que fui,
Sou uma sombra, luz a se dissipar
No vácuo invisível deste sofrer.
O que antes tão presente, agora rui,
Desgraçadissimo, à lamentar
O advento em questão: desaparecer...
E procuro o escape do que já fui.
Desta sombra querida, aqui, a chorar...
Lâminas de sal fazem-me sofrer.
Queria eu, ter de verne o tempo que flui
Para buscar aquela que quero amar.
Agora submerso, só me esconder.
por Francisco Calado
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
CIUMES
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Suicídio de um morto
Sirvam-me o veneno,
Chegada é a hora.
Cansado estou de funerais,
Outra vez, outra a mais,
Tantas vezes morri...
E permanece o cadáver,
Anda, come, fala,
Porém a vida, jaz na terra,
Das desventuras sofridas.
Tragam-me a taça.
Depressa!
Não há mais tempo
Para outra morte aparente.
Preciso que caixão
Me ampare deste frio,
Que sol nenhum esquenta.
De uma salvação noturna,
E... quando o sepulcro abrirem...
Verão pouca coisa,
Sobretudo...
Um ser sem coração,
E um cálice de veneno.
E que ao pé da tumba,
Uma mandrágora aflore,
Com os gritos das vidas,
Que em mim,
Pude ver morrendo.
by Calado
sábado, 16 de agosto de 2014
Memória borrada
Passara o tempo,
Que frequentemente,
Meu nome,
De forma ardente,
Em tua boa
Habitou.
●●●
Sim! Passara...
Para o presente
Futuro que dispara,
E engatilha,
A cruel munição,
Bala de esquecimento.
●●●
E agora, que mais nada,
Meu nome...
Lembrança borrada,
O que um dia era água,
Ou o ar tão precioso,
Da sarjeta vai ao esgoto.
by Calado
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Doença nebulosa
Agora, que grafite,
Este frio céu insiste
Na dissecação hábil,
De pobre psiquê frágil.
Oriunda de uma noite,
Onde a vigília foi o açoite
Do morcego presente no Eu,
Perco o foco: o meu e o teu.
Não desejo a redondilha.
Não desejo mais o verso.
Me abstenho do rimar!
by Calado
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Na estrada de ferro
Trago tristezas trovejantes...
Nesta férrea caminhada.
Trago... trago...
E a cada ponto,
Uma amada, uma lágrima.
Trago malas,
Roupas e...
Pouca rima.
E a forma está restrita,
à deformidade do trilhos.
Cana, milho, trigo,
Quiuí...
Coisas que não vejo.
Meus aposentos,
Sou eu mesmo,
Na introspecta obscuridade,
Trago tristes trovões,
Também trago paixões.
E cheio,
dos ares desta viagem...
Anseio dormir!
Trilhos, tristes, trovões,
Quiuí!
Ah! Esse apito...
by Calado
quinta-feira, 29 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Como as dunas
Desmoronar milimetricamente
Na simbióse schopenhauriana.
A lamentar, como Ariana...
O eu, como, uma duna inconsistente.
Grão à grão, vou eu desaparecer.
Lágrima que cai pela noite...
É da pele o triste açoite,
Que, inexiste, ao amanhecer.
Amo, medo, vivo, morro...
No diário d'amar,
Preso estou!
Perco o ar...
Morro...
Sou...
by Calado
sábado, 10 de maio de 2014
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Mal vício
Mal dormia a noite em seu leito obscuro,
Ao passo, que rasgada era a pele sua.
Uniformemente era perfurada...
Roncava, em alegre sonho inocente,
Ignorando o próprio sangue no punhal;
Cravado, na madrugada traiçoeira,
Irmã da sepultura e violência...
Onde morrera, sem saber, seu coração.
by Calado
À dois
Nova casa, fiz morada.
Mui linda, até bagunçada.
Pelo que agora és.
Usarei a estes pés.
Para ver a Ti,
E perder a mim.
E mesmo que desajeitado,
Não veja de malgrado.
Dizia: "todos por um!".
À dois... em um.
by Calado
terça-feira, 22 de abril de 2014
Terra dos não mais
Bem vindos!
Esta é terra dos "Não mais!"
Não mais amigos perdidos aqui,
Não mais... não mais.
Não mais estas dores de um infeliz,
Não mais... não mais.
Neste espaço,
Onde entre rugas e dores,
Em tudo aqui me desfaço,
Estou no fim..!
Do embaraço,
Em uma terra onde os "nãos mais"
São imperadores!
Senhores e Senhoras,
Tenham os bilhetes em vossas mãos,
Pois...
Chegada é a partida!
Sai o ultimo vagão desta vida,
Fatia à fatia,
A me despedir,
Deste infimo existir.
by Calado
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Por trás das lentes
Estas lentes que já não brilham mais,
Veem tudo! E olhos piscam por trás,
No repúdio eterno ao ser finito.
À gemer em um parto, que voraz,
Devora o ser que perde a paz...
Na concepção absurda deste filho.
E já arranhadas, não prestam mais?
Como? Pois viu o que a misera vos traz.
Alma tingida - sangue vertido.
Que por excelência... não é vosso!
Vossos, apenas são os destroços,
E a miopia, que à minha vista traz.
by Calado
quinta-feira, 27 de março de 2014
À modular
Estive sorrindo!
Porém, vejo-me partindo.
Indo... indo .. indo...
Quebrando, sumindo.
Perco os sentidos,
Não há dias perdidos?
Querer estar contigo...
Minh'alma tem sofrido.
Queria-te sorrindo,
E vindo... vindo...
Encontrar meu sorriso.
Mas choro!
Mas choras.
E nada mais rima.
by Calado
sexta-feira, 14 de março de 2014
Lágrima, círculo e ponto.
São sem forma,
E então nascem.
Não param por hora
Vejo-os vibrarem,
Pularem,
Aumentarem.
Vejo-os felizes,
Vejo-os caírem!
E então, ficarem tristes.
Mais tarde...
Já não pulam,
Não mudam,
Apenas simulam...
Um pouco do prazer passado.
Do leite...
Outrora ofertado.
by Calado
sexta-feira, 7 de março de 2014
Em meio aos lençóis
Traz-me a cama a dor noturna,
Em uma quimera de melodrama.
Mate-me a alma, perturba a chama,
Que no peito reside reclusa.
Sofro de Ti perda absurda!
Tão somente vendo da varanda
Do meu ser, que sucumbe ao drama,
Da inexplicável partida tua.
Choro a falta dos ósculos meus,
Enquanto vivo triste dor: adeus;
Ouvindo o coração clamar: "retorna!".
Pode ferir-me pequenino deus!
Pois agora vejo os medos meus...
Perco-te em sonho, acordo, aurora.
by Calado
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Caminho do encontro
As vezes eu fico assim...
Pennsando.
Pensando que as vezes,
Eu fico assim.
Assim pensando,
Eu fico, as vezes.
As vezes eu fico.
As vezes pensando
Pensando... pensando...
Nas vezes que fico,
As vezes eu vou.
Pensando...
Eu vou!
As vezes eu vou,
E pensando eu fico.
E pensando eu vou.
Eu fico...
Eu vou...
E nunca me sai,
do pensamento...
Que nas vezes que vou,
Nela fico... Pensando.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Horas percorridas
Ando distante!
Desejo à cada instante,
Em agonia fatigante,
Espero o chegar.
Mero farsante,
Abandonou o instante...
Eu? Constante inconstante.
Desejo; tocar;
Frívola ansiedade,
Mata-me à maldades.
- este triste sangrar -
Ora! Peço piedade.
Chamo-te de saudade,
Que abraça-me ao deitar.
by Calado
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Um ciclo lunar
30 luzes...
30 trevas...
E eu não ansiaria
Por pouco mais,
Odiaria menos que estas.
Vários sóis...
4 Luas...
5 ciclos nos separam.
Luz, trevas, conto o tempo!
Hoje, só, a olhar a rua.
A sós,
Em companhia...
Felicidade, tristeza, dor... prazer:
Vivo, vejo, viro ao avesso!
Tranquilidade abraça a euforia.
Conta perdida,
Tudo é nosso!
O tempo em si não satisfaria,
Esses vácuo que hoje tenho...
Neste peito que hoje é vosso.
by Calado
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Lorde Sombrio
Talvez, tudo eu venha à odiar,
E perca-me, neste tornado: paixão.
Afundando nesta escuridão...
Sinto toda a luz querer me deixar.
Envolvidamente no triste frio,
Que mata, destrói o cardiaco pulsar.
Vejo este vil vírus vasculhar
Tudo que em mim é escuro e vazio.
Debaixo da sombra do tecido,
Recebo a pena, que merecido,
Devo eu hoje, com alma, pagar.
Deleito-me então no castigo,
E nas trevas que vem me seguindo.
Caminho... E não há como voltar.
by Calado
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Verão ardente
Talvez jamais esqueça,
Deste sol na cabeça,
Deste verão ardente.
Realmente, eu não deva
Perder a vista desta
Jóia, mui resplandecente.
Então, caro amigo,
Com tu hoje divido,
Motivo sorridente...
Agridoce e feliz.
Talvez, de dura cerviz.
Caminho lentamente.
Deixo então, o verão passado.
Pelo novo já esperado,
Com seus sorrisos reluzentes.
Dê-me Deus esquecimento,
Do outrora, de meu tormento,
E sorria neste meu presente.
Que de tristezas já provado,
Tenho no espirito fados
Que agora são divididos.
by Calado
domingo, 12 de janeiro de 2014
Dias e Noites
NOITE - Sem Sono
Silêncio... Vejo-a dormir.
No esquife da noite,
Seus sonhos são tão doces;
Que ela, dormindo, sorri.
Silêncio! Não perturbe.
Doce ébano, longe,
Dos meus braços no hoje,
E talvez, no por vir.
Vejo-a dormir... Silêncio!
Que a noite se livre
De perturbar seus sonhos.
Se teus olhos me vissem
- solitário momento -
Despertarias do sono?
Alguém quer a Ti?
Melhor esquecer,
Logo a ouvirei...