I
(Guerra)
Ao som de meu relógio...
Questiono de quantas vidas preciso,
Para contar-te, mostrar-te o que sinto.
Como será que posso...
Suportar a cada ciclo de destino,
Reviver a perda que hoje repito?
Saio de astucioso ócio!
Batalhas e perdas premedito.
Mas em todas estas... Vejo-te partindo!
Em qualquer dimensão - Destroços.
Resultados de um labutar infinito.
Sonhos.... Que hoje me fazem menino.
Tesouro só nosso...
Todos os "eu's" que fazem-me distinto;
Em meio à normalidade de meu ser finito.
Afogo-me em meus poços...
Morro, e nem ao menos sinto.
Anestesiado! Estou por desejo faminto.
Fraquejam os braços,
Em esforços mil, desmedidos...
Por Ti, a mais doce, foi meu exército vencido.
II
(Batalha)
Se... Para abandonar.
Se... Para sentir dor.
Ou, morrer de doce amor,
Minh'alma pude sacrificar.
Se, para conquistar...
O mais precioso valor.
Fel amargo - Sangue - Sabor.
Pude eu suportar.
Tão triste o desejar.
Oh! Inalcançável amor;
Fogo! Terrível ardor,
Impedindo-me de a tocar.
Oculta ao meu olhar,
Meu ser jamais contemplou.
Minha'lma jamais tocou,
Apenas deixou seu perfume no ar.
Doce melodia posso escutar!
Mais um coração sofredor.
No fundo de um corredor,
Outro, como o meu... A vagar.
Então. com descompasso no andar,
Olho outro sonho se por....
Mais um brinde ao cálice da dor...
Mais uma realidade a definhar.
III
(Derrota)
Meu sorrir...
Rima frívola!
Sonora no partir,
Inevitável.
Não há para onde voltar.
Apenas vivi...
Nas várias dimensões.
Mas só senti,
No intocável...
Como é querer-te, desejar.
Se já parti,
A vontade permanece.
O que nasceu em mim,
Abandonável,
Incapacidade de tocar.
Se para Ti...
Não importa agora.
Resta-me o fim!
Abominável,
Estado que venho me encontrar.
Tarde para mim...
Ouço então meu relógio,
Levar outra vida ao fim.
Interminável
Destino. O ciclo que é te desejar.
By Calado
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