Vá! Escreva cartas.
Como que para Ti mesmo.
Destina ao frio e ao ermo...
Ao escuro e o vazio,
Para o deus que traz solidão.
Envia-as aos quatro ventos.
A todo homem sem exceção;
Ao mal da dor e da exclusão.
Sela com sangue...
Faça-o! Não percas mais tempo.
Peca! Em todas as cartas...
Os cruéis e banais erros.
Ofensas, a outrem e a Ti mesmo.
Traspassa-te, como lâmina viril,
Arranca Teu próprio coração.
Lava-te, deste vermelho lamento.
Quebre juras... Esqueça a oração.
Suor... Sangue... Escorrerão!
Deste teu ferido peito...
Pranto de um desalento.
Escreva as cartas...
Revele o que tanto temo!
O mal, que hoje sofro e peno.
A este mundo... Imbecil!
Mal que que hoje chamo de paixão.
by Calado
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