Estradas sem rumo levando à algum lugar.
Solitário e vago como sempre,
Busco a escuridão profunda.
As nuvens negras a me cercar.
Provo da solidão imatura,
Que deseja arrastar-me e alavancar...
A roda que comanda esse "de repente".
Ataca-me, covarde e súbita,
Nesta caminhada a me acompanhar.
Caminho entre as folhas avulsas,
Que o dia fez questão de abandonar.
Nestas ruas tão solitárias e descontentes.
De um vida estranha e recôndita,
Difícil até mesmo de se decifrar.
Caminho, em um vida doce e dura.
Onde não há se quer onde me apoiar.
Batalhando por causas aparentes,
De razões devidamente escondidas.
Eco em campo de batalha a se propagar.
Caminho então, por estas vazias ruas.
Em busca de frio, de solidão, de encontrar...
Algo que não sei o que é. Tão somente!
Coisas que há muito perdidas,
Hoje, falta muito me faz.
Novas ruas, há agora, onde não havia nenhuma!
Esse desconhecido faz meu coração se angustiar.
Desespero deixa-me sua semente,
Perdido foi o sentido na partida,
Já não sei como voltar.
Em sonho, ando por esta vazia rua.
Minha doce liberdade, deveras, meu lugar!
Onde frio e solidão estão presentes...
Como uma amada, doce e querida,
Bem vindo, ao meu lar, doce lar.
by Calado
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