Lembro-me de adentrar a este lugar,
Esperanças sonhos, desejos e planos,
E tudo mais que uma vida
Teria em si própria pra te entregar.
Mas este lugar tormento se tornou,
Apenas mais um local onde eu sentira horror!
Atormentado pelo fantasma do futuro e da dor,
Trilho o meu caminho, Sem saber em qual mundo vagar!
Aqui dentro, não consegui encontrar nada que um homem procura.
Te encontrei falando de amor e de redenção...
Mas tudo que a tuas filhas me trouxeram foi dor e rejeição!
Por ti abençoado, querido como um filho que retorna tratado,
Pelos teus então "filhos" fui humilhado e desclassificado,
Diante da maioria deles nada sou, apenas mais um escanteado!
II - A indecisão
Em contra partida ao que tuas filhas me trazem,
Encontrei mais amor entre os mortos!
Não somente amor de riquezas e de corpos,
Mas de carinho e compreensão!
Então pergunto me se valeria te deixar?
Pois ainda hoje rejeito e desclássificado,
Como alguém invisível muitas vezes tratado,
Bem vindo, aqui, não me sinto! Eu não posso me sentir!
Mas olhar daquela que toda noite ao meu lado está,
Melhor do que as tuas filhas a me rejeitar,
Sinto que estes olhos podem me amar.
Ainda que em meio a indecisão e incerteza.
Tenho que destacar um fato que está provado,
Mais do que entre suas "filhas e filhos" entre os mortos fui amado!
III - Aquela que ocupa minhas noites
Toda noite ela está do meu lado,
Brincando com meus sentidos,
sussurrando aos meus ouvidos,
Oh pelo amanhecer como sinto-me amado!
Suas mãos e olhos sempre estão a minha procura,
Suas mão a gelar perto de mim
Me fazem desconfiar que acontece, sim...
Me faz pensar que nasce uma paixão!
E apesar de tudo parecer confuso e sem paz,
Onde eu deveria encontrar a paz só encontrei ilusão e desilusão!
Pessoas mascaradas, fingidas, idolátras que de homens fazem acepção!
Mas no olhar dela eu vejo uma esperança...
Talvez errado esteja eu, em pensar em por ela te abandonar.
Mas em tua casa nada que sonho e te peço eu puder encontrar!
IV - A Luta
A infelicidade deste conflito,
Sei que mais dor me trará!
Fazendo até de minha cabeça os cabelos arrancar,
Para decidir entre tua casa e este doce "amar".
E como decidir entre luz e escuridão,
Pois uma vez já tentei deixar tudo em tuas mãos.
Tudo que consegui foi aprender a esperar,
E quanto mais esperei as lágrimas de meu rosto não paravam de jorrar!
Por isso a Ti e a "Ela" dedico estes versos,
As duas coisas que me trazem duvida e dividem meu universo,
Fazendo-me caminhar entre paz e inquietude sem parar!
Toda via minhas armas comigo estão!
E indepêndente de qualquer decisão estarei preparado,
E indepêndente de que lado vencer eu não serei derrotado!
by Calado
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