Afogo-me, nestas chamas espessas,
Neste rio de lava fervente.
Sinto o congelar da mente..
Morrendo de forma lenta,
Ao passo que sindo a perda.
Como caça que agora pega,
Aguarda da fera o dente.
Morre e sangra lentamente.
Escapar nem ao menos tenta,
As forças dão lugar à fraqueza.
Então afogo-me, submerso de alma inteira.
Nem ao menos pareço valente.
Submeto-me a covardia demente,
De ser traspassado por lâmina cega,
Sentindo na dor, a sua sutileza.
E com tristeza flamejante nas veias,
Vejo a face do contentamento descontente.
Eu, humano, débil, insolente,
Tento viver nesta morte lenta,
Pedindo a Fortuna que bens me conceda.
E agora esta criatura negra,
Destruída pelas chamas ardentes.
É o que restou de um triste combatente.
Alguém que um dia tentou viver lendas,
Uma odisseia de perdas.
by Calado
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