I
Outra vez atormentado por ti!
Oh sofrimento, porque em minha porta?
Se bem sabes que minha alma a tu não suporta,
Resolve tentar minha vida destruir.
Pois bem sabes que já provei da dor,
Da perda, amargura e solidão!
Viste-me perdido dentro de mim mesmo,
A olhar o que restou de mim ruir!
II
E agora o que posso eu esperar?
Sentir tuas mãos geladas...
Teu gemido a clamar por minha alma,
Que espera minha vida devorar.
Nada menos eu espero...
De tudo que tiraste, roubaste-me os sentidos,
Para que vivesse como um cego surdo, desorientado e perdido!
Vagando pelas trevas procurando pelo caminho certo!
III
Sinto meus braços falharem na batalha!
Vejo a fadiga em meus pés.
São todos sintomas do que tu és...
Devorador de vidas, destruidor da alma!
Tira-me dia após dia,
Alegria, vigor, amor e a felicidade.
Meus ossos se ressecam como os da ultima idade,
Apenas esperando a morte como companhia!
IV
Eu clamo por esperança!
De não andar mais desacreditado, excluído!
Querendo de volta o que o sofrimento tem roubado, destruído!
Mas isto é um ciclo eterno, uma aliança!
Aliança esta feita nos alicerces da dor,
Lamento sempre a falta de compreensão e amor.
Lutando por tudo que quero conquistar!
E sentindo toda dor e agonia que isto continua a causar!
by Calado